Mais um Dia dos Namorados está chegando e você não entende por que continua solteira? Uma pesquisa realizada este ano pelo Match Group LatAm aqui no Brasil indica quais são os principais medos que impedem as pessoas de começar um relacionamento sério. Expectativa, ansiedade, traição, família e perda da independência estão entre os principais motivos. Mas é possível, sim, ultrapassar esses obstáculo e dar uma chance para o amor.
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Os motivos que levam uma mulher a ficar solteira são vários. A pesquisa realizada por esse grupo, que é detentor de diversos aplicativos de relacionamento como o ParPerfeito, indica que 34% dos solteiros têm medo de que o relacionamento não atenda as expectativas que criaram, 32% têm medo de se apegar muito a pessoa e depois ser largada, 16% sentem receio de ser traída, 10% não querem perder a independência e 6% não querem ter de se adaptar à família do outro.
Para a consultora de relacionamento do Match Group LatAm, Marina Simas, esse estudo indica que as pessoas estão mais exigentes, criando muitas expectativas, e também estão se mostrando mais ansiosas, com medo de ter um amor não correspondido ou de ser abandonadas ou traídas.
“O importante é ter em mente que nas relações, você não consegue ter controle sobre o outro. São duas pessoas interagindo e agindo de acordo com os seus valores, interesses, grau de exigência, expectativas e modelos de relacionamento”, afirma. Se algum desses medos é o que te trava na hora de conseguir concretizar um relacionamento e deixar de ser solteira, saiba que é possível superar esses fantasmas.
Como não criar expectativas? Isso é possível?
O essencial é buscar conhecer a pessoa como ela realmente é e não fantasiar nela tudo o que você gostaria que ela fosse. “É preciso perceber se existe um interesse e vontade de ambos os lados para construir uma relação, deixar que o relacionamento flua de forma gradativa e constante, permitindo que vocês vivam experiências e histórias que conectem ambos”, indica Marina, que acrescenta que o desejo também é uma peça importante.
Os sites e aplicativos de relacionamento estão muito populares, e, se você estiver em algum para deixar de ser solteira, tente escolher pretendentes que aparentam ter interesses em comum, assim fica mais fácil de manter uma conversa e partir para um encontro real. Caso busque algo sério, procure por plataformas que tenham esse intuito e não entre naquelas que o foco é o sexo casual.
Eu me apego com facilidade, e agora? Como lidar com as frustrações?
“Existem pessoas que são extremamente carentes. Aquelas que você fala ‘oi’ e elas já se apaixonam. Se você é assim, para evitar esse comportamento, é essencial que tenha outros propósitos na vida, como um trabalho que goste, amigos, hobbies, pois tudo isso gera certa autonomia e pode ajudar a não se apegar tanto a outra pessoa”, explica a consultora de relacionamento.
Além disso, é preciso ficar atenta se a pessoa com quem você está conversando está te dando respostas positivas, se o interesse é recíproco sobre você deixar de ser solteira. A grande questão, segundo a especialista, é que as pessoas não vivem mais com a ideia do “até que a morte os separe”, mas, sim, com o “que seja eterno enquanto dure”, e isso pode gerar mais situações de abandono, rejeição e traição.
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“O diálogo é o que vai construir um alinhamento das expectativas. Precisamos lembrar que a frustração faz parte da vida. A questão é como lidar com ela e definir se devo fazer ajustes ou sair da relação, pois sempre existem ambas as opções. A maturidade ajuda bastante a ter mais tolerância, a ser paciente, e assim por diante”, diz Marina.
Dá para se livrar do medo de ser traída?
As pessoas que possuem esse receio podem já ter passado por isso em algum momento da vida ou “sentem uma vontade de trair dentro delas” e tem medo que o parceiro sinta o mesmo. Essa sensação também pode vir de terceiros. Por exemplo, tem pessoas que presenciam uma traição em casa, entre os pais, ou tem contato com amigas que passaram por isso. Como são situações próximas, ela acaba achando que pode passar pela mesma coisa.
“Esse medo não agrega em nada. O importante é buscar construir uma relação com qualidade, investindo em projetos em comum, fortalecendo a relação e buscando uma vida afetiva e sexual dinâmica”, fala a especialista.
Namoro significa perder a independência?
A resposta é claramente "não"! Isso também vale para o casamento. “Considero que um relacionamento saudável e com qualidade é aquele em que ambos têm a sua individualidade respeitada e uma parte comum que chamamos de conjugalidade”, explica Marina.
“Somente o namoro ou casamento simbólico, em que ambos se misturam e fazem tudo grudados, faz com que percam a independência e autonomia, que são essenciais para o ser humano”, acrescenta.
É normal ter receio de ter que se adaptar com a família do outro?
Tenha claro que cada família tem um jeito de funcionar, umas são mais protetoras e outras mais desligadas. Em umas é possível ter uma comunicação fácil e clara, já em outras o que prevalece são os segredos. “Cada um vem com seu modo de ver o mundo a partir de sua criação e valores. Cabe ao casal saber lidar com essas diferenças. Quando existem questões muito diferentes ou uma rigidez muito grande, isso pode ocasionar dificuldades ou conflitos na relação”, alerta a especialista.
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O novo casal precisa saber lidar com a situação de cada família e ver como isso vai ser refletido na relação. Tem pessoas que são muito apegadas a família, nesse caso, é complicado manter o relacionamento, mas não significa que é impossível, cabe a cada um avaliar se o melhor é tentar ou largar de mão e continuar solteira .