Para muitas mulheres, nem sempre é fácil chegar ao orgasmo ou sentir prazer com a penetração. A canadense Briana Fletcher tem uma dificuldade a mais para se satisfazer com o sexo. Ela tem uma síndrome rara e nasceu sem parte do canal vaginal e sem útero. A mulher comenta que manter a vida sexual ativa com o noivo é algo desafiador, mas não impossível. 

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Canadense fala como leva uma vida sexual normal tendo apenas 1/3 da vagina
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Canadense fala como leva uma vida sexual normal tendo apenas 1/3 da vagina


Briana já foi destaque na imprensa internacional ao detalhar como descobriu e encara a Síndrome MRKH, uma condição rara que afeta a vida sexual e a possibilidade de uma gravidez, e voltou às manchetes ao falar a uma reportagem do jornal britânico "Daily Mail" nesta semana. 

Detalhes da Síndrome MRKH

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Reprodução/Instagram/@msbrianaalee

Briana Fletcher é destaque de jornal internacional ao dar detalhes da vida com apenas 1/3 da vagina

A síndrome de Mayer‐Rokitansky‐Kuster‐Hauser (MRKH) atinge uma a cada 5 mil mulheres e e caracterizada pela ausência total ou parcial da vagina ou anomalias e má formações uterinas. Geralmente não há diferenças externas na mulher. Briana, que também usa sua página no Instagram para compartilhar informações sobre a síndrome e divulgou a reportagem recente do veículo britânico, diz que descobriu a síndrome na adolescência, quando todas as colegas já tinham menstruado, menos ela. Após exames, foi detectado que ela não tinha o útero e ainda lhe faltava 2/3 do canal vaginal. 

A canadense lembra que sofreu com a notícia e, em um post na rede social, fala também que ficou devastada com a ideia de que não poderia engravidar. Depois, consultou outros médicos e encontrou na internet grupos de mulheres que também sofriam com a síndrome e passou a compartilhar informações e experiências com elas. 

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O organismo de Briana funciona de maneira normal, então ela até pode ter um filho biológico, usando uma barriga de aluguel, por exemplo. Aos poucos, a canadense foi adaptando diversos aspectos da vida à condição. 

Sexo sem parte da vagina

O sexo, por exemplo, nem sempre foi e ainda não é algo simples. "Sim, eu posso fazer sexo. Meu clitóris, a parte externa na minha genitália e meus seios são normalmente desenvolvidos, então sempre fui capaz de sentir prazer clitoriano, mas o sexo vaginal requer um pouco mais de trabalho para as pessoas com essa síndrome", escreveu Briana em um artigo para a revista "Cosmopolitan".

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Ela conseguiu ter uma penetração com paciência. "Algumas mulheres preferem usar dilatadores que gradualmente esticam suas vaginas. Mas fazer isso de forma natural foi o melhor para mim. Demorou meses para conseguir 'esticar' a minha vagina parcial em um espaço confortável para o sexo, mas hoje o sexo é ótimo", completou a canadense. 

Segundo o "Daily Mail", ela ainda usa alguns recursos para ter uma vida sexual ativa e prazerosa com o noivo.  "Descobri como usar lubrificante e leva o tempo necessário para a relação ser mais prazerosa. Assim como com as mulheres que não tem essa síndrome, a vagina se expande quando se está mais excitada, então ficar mais e mais excitada torna o sexo mis fácil". 

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