Quando há uma traição, a história é sempre a mesma: após descobrir o que está acontecendo, a pessoa traída se revolta tanto contra o parceiro ou parceira quanto com a pessoa que “invadiu” a relação dos dois, certo? Nem sempre. A história que a cineasta B. J. Colangelo escutou em um aeroporto na semana passada é a seguinte: suspeitando de que os maridos estariam as traindo juntos, duas mulheres se uniram para desmascará-los.
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B. J. estava no bar de um aeroporto quando ouviu duas mulheres sentadas próximas a ela conversando a respeito da história. A cineasta ficou tão animada com a empreitada das duas contra a possível traição em dose dupla que decidiu, sem citar nomes ou características físicas, falar sobre a história em seu perfil do Twitter. Em pouco tempo, os tuítes sobre o caso viralizaram; o primeiro já tem mais de 8 mil compartilhamentos e 27 mil curtidas, enquanto os outros somam, em média, 500 compartilhamentos e 4 mil curtidas.
Vamos à história
Como B. J. não ouviu a história desde o começo, não fica claro como foi que as duas chegaram à conclusão de que os respectivos maridos estavam tendo um caso entre eles, mas situação não deixa de ser tragicamente cômica. Segundo a cineasta, a reação das duas à situação foi tão atípica quanto o possível affair entre os esposos (além de ser um bocado fofa).
“Elas nunca haviam se encontrado até este momento. ‘Estou confiante de que nos tornaremos irmãs se eu perder meu marido’”, conta a cineasta.
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A partir daí, B. J. passa a diferenciar as duas entre “mulher do chiclete” e “mulher dos shots”, já que uma delas tem consigo uma quantidade grande de gomas de mascar e a outra sugere que as duas afoguem as mágoas em shots de bebidas no bar enquanto esperam o voo para Chicago, onde pretendem pegar os dois homens no flagra.
“Uma das mulheres tem uma quantidade enorme de chiclete na bolsa. ‘Você não pode gritar com alguém quando está com mau hálito. Meu pai me ensinou isso’”, narra B. J..
Pela conversa, também dá para perceber que nenhuma das duas é homofóbica, só estão profundamente machucadas.
“’Por que eles não podem ser honestos? Não há necessidade de histórias ridículas e segredos. Eu não me importo com eles serem gays, me importo com as mentiras’”, narra a moça.
B. J. conta que, quando começaram a beber, ela pôde perceber que, enquanto uma das duas parecia acostumada com os efeitos do álcool, a outra parecia nunca ter bebido na vida. Foi então que a “mulher do chiclete” começou a chorar enquanto a outra a consolava, fazendo carinho na primeira enquanto cantava baixinho junto com a música ambiente.
Conforme a cineasta ia falando mais sobre a história e os tuítes começavam a viralizar, as pessoas que acompanhavam a história na rede social passaram a comparar a situação com a trama de “Grace and Frankie”, série norte-americana em que duas donas de casa se conhecem quando os maridos decidem pedir o divórcio para se relacionar entre eles. Para a alegria de todos, a “mulher do shot” lembrou-se da existência da série.
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“Existe uma série da Netflix sobre isso”, ela disse e, segundo B. J., a “mulher do chiclete” não se alegrou. Foi então que as duas fizeram o que você com certeza já deve ter feito para curtar a tristeza: começaram a assistir a vídeos de animais fofinhos no celular. Ainda assim, a “mulher do chiclete” seguia abalada, mas a companheira de aventuras investigativas não deixou a peteca cair.
“A ‘mulher do chiclete’ está com a respiração pesada. ‘Estou feliz por você ainda ter senso de humor. Eu estou lutando para manter o meu’”, narra a cineasta.
“’Mulher do shot’: ‘Ou nossos maridos estão transando, ou nós estamos loucas. De qualquer forma, vamos ficar bem, eu prometo’. MULHER DO SHOT, ME ADOTE.”
Nos próximos minutos da conversa, B. J. conta que as duas dão risada, comentam sobre como os maridos têm um “bom gosto” para mulheres e dizem palavras de incentivo uma à outra.
“Se seus nomes são Jeffrey e Richard e vocês estão em uma ‘viagem de negócios’ em Chicago... Suas esposas estão chegando. E elas ficaram amigas”, finaliza B. J..
Apesar de não sabermos o desfecho da história, é possível afirmar que a “mulher do chiclete” e a “mulher do shot” são, além de fofíssimas e inspiradoras, a prova de que nem sempre uma traição precisa ser uma tragédia completa.