Conforme mostra um estudo recente publicado no “Archives of Sexual Behaviour”, pessoas de diferentes sexualidades chegam ao orgasmo com frequências diferentes. O levantamento consultou mais de 50 mil homens e mulheres e descobriu que, entre mulheres lésbicas e mulheres heterossexuais, as últimas têm mais dificuldades de gozar em uma relação sexual , enquanto, para homens heterossexuais, as chances de chegar ao orgasmo duplicam em relação a elas.

Para a maioria das pessoas, uma relação sexual deve, necessariamente, envolver penetração, mas o conceito pode variar
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Para a maioria das pessoas, uma relação sexual deve, necessariamente, envolver penetração, mas o conceito pode variar

As diferenças, porém, não param por aí. Segundo um novo estudo publicado no “The Journal of Sex Research” recentemente, as práticas que as pessoas contam como uma relação sexual variam de acordo com a orientação sexual delas. Para a maior parte das pessoas heterossexuais, apenas a relação em que há penetração – vaginal ou anal – é considerada como sexo, excluindo práticas como o sexo oral ou masturbação mútua.

A coisa muda de figura quando se fala em mulheres que fazem sexo com outras mulheres. Enquanto apenas cerca de 25% das mulheres heterossexuais contam o sexo oral como uma relação sexual, 70% das lésbicas consideram a prática algo tão principal quanto o sexo penetrativo costuma ser mostrado.

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O uso de brinquedos eróticos que podem ser aproveitados pelas duas mulheres ao mesmo tempo também conta como sexo para 70% das lésbicas, enquanto masturbação mútua pode, sim, ser o “prato principal” para 50% delas. Entre homens gays, o sexo penetrativo volta a ser a “estrela”; para 90% deles, a prática é a única coisa que conta como sexo. Enquanto isso, mais de 50% deles considera o sexo oral e a prática do beijo grego como sexo.

E atividades como o “sexting” (sexo virtual) e masturbação solo, também podem ser considerada sexo? A maioria das pessoas, tanto heterossexuais quanto gays e lésbicas, tendem a contar como sexo apenas as práticas que incluem os participantes em um mesmo ambiente, mas, para 40% das pessoas “queer” (que não são heterossexuais), essas atividades podem, sim, ser consideradas como uma transa.

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Regras: não há regras

Muita gente pode olhar para os dados levantados pelo estudo e pensar, por exemplo: “Certo, eu sou heterossexual, isso significa que devo considerar apenas o sexo penetrativo como uma relação sexual”, mas não é bem assim. Algumas pessoas, independente da sexualidade, não gostam de penetração , enquanto outras não curtem a ideia de sexo virtual e outras não se sentem confortáveis com o sexo oral. Ao mostrar que há diferenças entre o que as pessoas de orientações sexuais consideram como sexo, o levantamento abre possibilidades; o que importa mesmo é descobrir o que é o sexo para você e fazê-lo de forma consensual.

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