Desde propagandas de bebidas alcoólicas até vídeos mais elaborados com belas modelos, não é difícil notar como a publicidade utiliza cenas provocantes e até o sexo em si como forma de tentar chamar mais atenção ainda para o produto ou para a marca em si. Porém, de acordo com a análise de 78 estudos sobre o assunto, propagandas sexualizadas não fazem com que a marca ou o produto tenha mais sucesso.

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Publicidade apelativa ou com teor sexual não é a melhor escolha
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Publicidade apelativa ou com teor sexual não é a melhor escolha

O estudo foi elaborado por John Wirtz, professor de publicidade da University of Illinois, nos Estados Unidos, e publicado recentemente no “International Journal of Advertising”, mas ele não é a primeira pessoa a chegar à conclusão de que o sexo. Em 2015, pesquisadores da Ohio State University fizeram uma análise de 53 estudos a respeito do quanto uma propaganda sexualizada ou violenta faz com que as pessoas se sintam mais incentivadas a comprar um produto, mas também não encontraram relação entre esses fatores.

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De acordo com a análise feita por Wirtz, o “sex appeal” de uma campanha publicitária ou de uma propaganda não é mais eficaz na hora de fazer com que as pessoas se lembrem melhor de uma marca ou tenham mais vontade de comprar um produto do que anúncios que não têm temática sexual. Além disso, alguns testes realizados pelos pesquisadores também notaram um pequeno índice de rejeição das pessoas com relação a esse tipo de propaganda.

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Por que isso acontece?

A relação entre o sexo e a publicidade não é algo novo; marcas de roupas, perfumes, cigarros e outros produtos passaram a utilizam artifícios como a exibição do corpo, piadas relacionadas ao sexo ou comportamentos sexuais em propagandas com muita frequência a partir dos anos 80. Mas se esse artifício é utilizado há tanto tempo, por que parece não funcionar? De acordo com os pesquisadores responsáveis por estudos sobre o tema, uma das hipóteses é a de que o consumidor foi tão exposto a esse tipo de estratégia que teve a percepção dessensibilizada e passa a ser cada vez menos influenciado por ela.

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