No comecinho dos anos 2000, a dupla Sandy e Júnior já cantava verdades sobre o amor quando dizia: “Olha o que o amor te faz, te deixa sem saber como agir. Quando ele te pegar, não tem pra onde você fugir”. Se você não acreditava nisso, a ciência tenta comprovar em uma pesquisa que revela que se apaixonar é como estar sob efeito de drogas.
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Segundo os pesquisadores, encontrar alguém especial dá o mesma sensação que a cocaína e outras substâncias ilegais. As descobertas mostram que os sentimentos de vertigem e as famosas borboletas no estômago são desencadeados por certas células cerebrais que também são estimuladas pelo uso de drogas .
Há estudos que indicam que a ativação específica de certas células cerebrais provocam um aumento de dopamina hormonal, fazendo com que a pessoa se sinta bem. Essa mesma substância é liberada após o uso de drogas recreativas.
De acordo com o portal britânico “Daily Mail”, os pesquisadores acreditam que as descobertas dão uma nova visão de como as pessoas podem influenciar as interações sociais e talvez um dia essas analises sobre o funcionamento do cérebro beneficie pacientes que sofrem de autismo.
Como o estudo foi realizado
O estudo aconteceu na Universidade de Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos. Foram usadas como cobaias ratazana, pois, assim como os seres humanos, são mamíferos monógamos. Os pesquisadores observaram como ocorriam as alterações de comportamento no cérebro para obter recompensas.
Principais conclusões
Os resultados, publicados na revista científica Nature, mostram que as células cerebrais dos animais dispararam rapidamente quando eles começaram a se unir, e isso foi expresso através do acasalamento e do amontoamento. Os animais também mostraram preferência em relação aos parceiros.
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A autora do estudo é Elizabeth Amadei. Ela afirma que os animais analisados foram fundamentais para as descobertas da equipe, pois estudar a ligação dos casais em seres humanos tem sido bastante difícil.
“Como seres humanos, conhecemos os sentimentos que recebemos quando vemos imagens de nossos parceiros românticos, mas, até agora, não sabemos como o sistema de recompensas do cérebro funciona para levar a esses sentimentos e ao vínculo”, fala a pesquisadora.
Resultados podem beneficiar os autistas
Outros estudos anteriores indicam que as ondas de luz podem ser usadas para influenciar a liberação de dopamina, que pode melhorar as interações entre pessoas que têm dificuldade em termos de socialização.
“É incrível pensar que podemos influenciar o vínculo social , estimulando este circuito cerebral com uma luz remotamente controlada e implantada no nosso cérebro”, expõe Zach Johnson que é o autor desse estudo. Todos esses resultados deixaram os pesquisadores entusiasmados e agora eles estão investigando como as funções do circuito cerebral podem influenciar os comportamentos sociais.
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“Nosso objetivo é promover uma melhor comunicação neural para aumentar a cognição social em distúrbios como o autismo , em que o funcionamento social pode ser prejudicado”, revela o pesquisador do estudo envolvendo a relação do amor com as drogas Robert Liu.