Quando o assunto é sexo, um fator faz com que as mulheres definitivamente saiam na frente dos homens: a capacidade de ter orgasmos múltiplos. Apesar de ser uma habilidade bastante questionada pela ciência, são muitas as mulheres que afirmam já ter experimentado uma dessas sequências de tirar o fôlego durante algum ato sexual; de acordo com um estudo conduzido pelo site de relacionamentos “Victoria Milan” e realizado com mais de 5 mil mulheres de 15 países, 77% delas já passaram por essa experiência. 40% delas ainda afirmaram que isso ocorre em todas as relações sexuais.

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De acordo com um estudo, 40% das mulheres sempre têm orgasmos múltiplos durante relações sexuais
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De acordo com um estudo, 40% das mulheres sempre têm orgasmos múltiplos durante relações sexuais

De acordo com Cátia Damasceno, especialista em sexualidade e criadora do projeto “Mulheres Bem Resolvidas”, em um orgasmo comum, a mulher passa por um curto período refratário, ou seja, um relaxamento profundo que vem após o ápice do prazer. Já no orgasmo múltiplo, a mulher experimenta diversos picos de prazer seguidos. Cátia afirma também que não há regras no número de orgasmos que uma mulher pode ter. “A quantidade pode variar entre as mulheres, elas podem ter dois seguidos, dez ou até mais”, explica ela, enquanto, de acordo com o documentário “The Super Orgasm”, algumas mulheres dizem gozar até 100 vezes consecutivas.

Cátia ressalta ainda que aproveitar essa vantagem é algo muito importante para mulheres. Saiba o que é mito e o que é verdade a respeito dessa habilidade e veja dicas de como alcançá-la ou torná-la ainda mais intensa:

Fórmula mágica?

De acordo com um estudo publicado pelo “Archives of Sexual Behaviour” em fevereiro deste ano, o trio de práticas composto por estimulação genital, sexo oral e beijos profundos é o vencedor na hora de fazer com que as mulheres “cheguem lá”. Não há um passo a passo específico para atingir orgasmos múltiplos , mas, segundo Cátia, alguns fatores podem facilitar a chegada dos vários picos de prazer seguidos.

“Técnicas como a ginástica íntima favorecem e intensificam a chegada desse tipo de prazer”, afirma a especialista. O pompoarismo, por exemplo, é uma dessas técnicas. Nela, a mulher faz movimentos pélvicos – com ou sem o auxílio de objetos próprios para a prática – que fortalecem a musculatura da região íntima.

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O intervalo entre um orgasmo e outro não segue padrão

Segundo a especialista, o intervalo de tempo entre um orgasmo e outro pode ser de alguns segundos ou até de alguns minutos, mas ela afirma que, da mesma forma que uma mulher é diferente da outra, esse fator pode variar de pessoa para pessoa. Nesse caso, Cátia enfatiza a importância de evitar fazer comparações com experiências de outras mulheres. “Não existe uma regra”, afirma a educadora.

Não, ele não ocorre só com penetração

Por não serem encorajadas a saber mais sobre o assunto, muitas mulheres acreditam em mitos a respeito do sexo. Um deles é o de que, obrigatoriamente, o orgasmo acontece com a penetração vaginal. Apesar de o estímulo do ponto G (região erógena que fica na parede da vagina, de 5 a 7 centímetros da entrada do canal vaginal) ocorrer durante a penetração e ser bastante prazeroso, algumas mulheres têm dificuldades ou nem conseguem atingir o ápice do prazer dessa forma.

Por outro lado, o clitóris – pequeno órgão erétil que fica entre os pequenos lábios – é uma “arma” poderosa e estimulá-lo suavemente e com técnicas variadas costuma ser a forma mais fácil de chegar ao orgasmo.

Orgasmo não precisa ser simultâneo ao do parceiro ou parceira

De acordo com a especialista, a mulher não precisa chegar ao ápice do prazer ao mesmo tempo que o parceiro ou a parceira para que ele seja prazeroso. “Pode acontecer antes, ao mesmo temo ou depois. O orgasmo é bom em qualquer tempo”, assegura ela, ressaltando que a busca constante pelo orgasmo simultâneo pode fazer com que os casais fiquem frustrados.

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Orgasmo múltiplo não é coisa de "mulheres privilegiadas"

Apesar de algumas mulheres possuírem maior facilidade para alcançar esses picos seguidos de prazer durante a relação sexual ou a masturbação, Cátia afirma que todas elas possuem a capacidade. “Existem mulheres que já têm uma facilidade hormonal natural, porém outras podem adquirir essa facilidade através de técnicas como o pompoarismo”, afirma Cátia. Conhecer o próprio corpo para saber quais são as zonas erógenas mais excitantes e os estímulos mais eficazes para o próprio corpo também é algo que pode ajudar no desenvolvimento da habilidade.

A intensidade e as sensações do orgasmo não seguem um padrão

De acordo com a especialista, mulheres sentem o clímax de formas variadas e cada uma descreve o orgasmo de um jeito. Ela afirma que, geralmente, elas sentem os músculos do corpo se contraírem e, em seguida, são dominadas por uma sensação de prazer intensa que antecede um relaxamento profundo. Segundo Débora Padua, fisioterapeuta e educadora sexual, algumas mulheres, em vez de terem sensação de contração, têm a sensação de expulsão e, muitas vezes, acabam até ejaculando (habilidade que é chamada de “squirt” e ainda é bastante questionada por estudiosos).

Por isso, Cátia afirma que este é outro tópico que não deve ser comparado com as experiências alheias, já que varia muito de mulher para mulher.

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O parceiro ou parceira não é responsável pelo orgasmo alheio

Cátia enfatiza que não é só acompanhada que a mulher é capaz de ter orgasmos múltiplos; também é possível alcançar os picos seguidos de prazer se masturbando ou até com outros estímulos, tanto físicos quanto intelectuais. “Diferente do homem, a mulher trabalha mais com a imaginação, por isso uma leitura erótica pode excitá-la mais que estímulos visuais”, explica. Ainda assim, isso não significa que o parceiro ou parceira não faça parte da experiência; Cátia ressalta que, na cama, é importante agir com carinho e se preocupar com o prazer alheio, mas que não está certo responsabilizar a outra pessoa pelo próprio prazer .

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