A ideia de participar de uma festa onde todos os convidados estão buscando e fazendo sexo é um fetiche para muitas mulheres e homens. Diana Bruk foi convidada para participar de uma luxuosa “Festa do sexo”, ou seja, da orgia, e relatou a experiência ao site “Esquire”.
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“Todos ao meu redor estavam transando”, conta. Diana participou de uma festa do sexo que acontece mensalmente em lugares luxuosos de Londres. O endereço costuma ser secreto e revelado apenas para os convidados alguns dias antes. No geral, são grandes casas alugadas especialmente para o evento.
A festa é dedicada exclusivamente para determinaods convidados, que são classificados pelos organizadores como “elite sexual”. Ou seja, participam da orgia apenas pessoas que foram rigorosamente selecionadas.
Como ser convidado
Para participar da grande festa do sexo, Diana conta que é preciso se inscrever em um site para demonstrar que tem interesse em ir até a festa. Para isso, é preciso enviar fotos e informar a profissão. De acordo com os organizadores, isso garante um ambiente seguro e repleto de pessoas sexualmente atraentes.
A CEO da festa, Emma Sayle, explica que os organizadores não estão necessariamente à procura de pessoas com características de “supermodelo” para a festa, mas sim pessoas com “mais desejo de vida e atraentes” – como ela define.
“Cerca de 20 a 30% dos candidatos são rejeitados”, diz Emma. Ao ser questionada se já selecionaram pessoas erradas e ou tiveram casos de pessoas mentindo sobre a própria aparência, a CEO comenta que é difícil saber como os candidatos realmente são. “Todo mundo tira uma boa foto para enviar”, comenta. No entanto, Diana garante que todos os convidados que viu no evento encaixavam-se perfeitamente em um padrão de beleza esperado.
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Regras
No dia anterior à festa, Diana recebeu um e-mail com o endereço da festa e todas as regras que devem ser seguidas no evento. No geral, respeitar os outros convidados e manter a discrição são os dois preceitos básicos para participar do evento. E um detalhe importante: telefones celulares são proibidos.
As regras completas são: “Os homens não devem se aproximar das mulheres. Os homens não devem entrar na sala de jogos sozinhos ou ficar sozinhos. Os homens devem esperar para serem convidados. Tratar todos com respeito. Não significa não. Não troquem telefones ou tirem fotografia no evento. Sem máscara, sem entrada. Não faça fofoca. O que acontece na festa fica na festa”.
Além disso, os homens só podem entrar no local se estiverem acompanhados por uma mulher. Para Emma, esse fato distingue a festa de outras do mesmo estilo e cria um ambiente voltado para o prazer e empoderamento feminino. "Eu queria criar um ambiente seguro para que as mulheres explorassem sua sexualidade”, diz a CEO.
Como funciona
“As portas abrem às 21h e os convidados chegam com máscaras e completamente vestidos”, explica Diana. O traje é formal: mulheres com vestidos brilhantes e homens com ternos ou smokings. Quando as portas são abertas, os convidados começaram a se misturar e se conhecer, no período entre às 21h e 23h.
Diana conta que interagir com os outros convidados nessa fase não é uma tarefa tão fácil quanto parece e isso fez com que ela se sentisse insegura. “Normalmente, em um bar, você pode sentar e esperar um homem para se aproximar de você, ou naturalmente iniciar uma conversa enquanto espera por sua bebida, mas na festa todos os homens mascarados já estão ocupados com a mulher que os trouxe”.
“Às 23h, as portas se fecham e ninguém mais pode entrar. Os convidados começam a remover suas máscaras, roupas e se jogar”, conta. Então, ela e a amiga que a acompanhava no evento tiraram o vestido e ficaram apenas de lingerie, o que deixou a interação com os outros mais fácil. “Imediatamente uma mulher de cabelos longos e negros, sobrancelhas perfeitamente arqueadas diz ‘amo sua langerie’ e, rapidamente, o homem que está com ela olha para mim e concorda”.
"Um pequeno elogio para quebrar o gelo, uma conversa, um pouco de sexo. Faz sentido. Não tão diferente de um bar realmente", reflete. No entanto, as coisas não são tão simples como Diana imaginou.
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Sexo com estranhos
Depois da interação, Diana e a amiga seguem com o casal para um lugar que classificam como “o quarto onde todos estão transando”. Chegando lá, literalmente todas as pessoas do ambiente estão fazendo sexo. “Quanto mais eu assisto, mais parece que a maioria das pessoas faz sexo sem contato visual e muito menos com interações verbais”.
E as impressões dela estavam corretas, quase não existem trocas de palavras. As pessoas apenas chegam e começam a se beijar e tocar. De repente, a mulher que Diana conheceu anteriormente lhe beijou no pescoço. “Eu fui beijada sem ter a opção de dizer não”, comenta.
Eles continuam no quarto e, após cerca de uma hora, Diana percebe que ela e suas três companhias são os únicos do cômodo que não estão fazendo sexo. Então, naturalmente, eles começam a transar e trocar de posições entre si.
Mesmo com a festa ainda agitada e o sexo rolando em todos os ambientes, à 1h Diana comenta que ela e amiga sentem que já passaram pela experiência necessária e decidem partir para um lugar mais calmo.
"É estranho, pelo menos para mim, fazer sexo com alguém com quem você teve menos interação do que a pessoa que está ao seu lado no metrô", avalia a experiência. Diana finaliza comentando que não se arrepende de ter ido à festa do sexo, mas não pretende voltar lá tão cedo.