Apesar de nem todos os produtos anunciados como necessários para melhorar a saúde íntima da mulher realmente trazerem benefícios, é comum que muitas recorram a eles imaginando que estão fazendo bem à saúde. Isso acontece porque, muitas vezes, elas não têm as informações necessárias sobre como uma vagina saudável deve ser, e tentam disfarçar coisas naturais como o cheiro e a presença de secreções com perfumes, desodorantes e protetores de calcinha.
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O problema, porém, parece ser maior do que isso. De acordo com um novo estudo promovido pela marca de produtos íntimos Vagisil e feito com mais de mil mulheres britânicas acima dos 18 anos, três a cada quatro mulheres sofrem com secura na vagina , coceiras e dores durante a relação sexual (problemas que se tornam ainda mais comuns durante a menopausa). Apesar de ginecologistas frequentemente aconselharem que elas busquem especialistas, 43% delas não procuram ajudas a respeito dos problemas relatados e um quarto delas afirma que não sabem a quem recorrer.
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Por que isso acontece?
Dois terços das mulheres consultadas pelo estudo afirmaram que gostariam de ouvir mais informações sobre as mudanças pelas quais o corpo passa ao longo da vida e sobre o que deve ser esperado. Isso mostra que um dos maiores causadores desse problema é justamente a falta de informação. Por isso, a ginecologista Vanessa Mackay afirma à publicação britânica “Daily Mail” que as mulheres devem falar sobre a região íntima. Segundo ela, cuidar do próprio corpo também é uma forma de empoderamento.
“É evidente que saúde íntima é algo que mulheres não se sentem confortáveis em falar sobre, embora a maioria esteja implorando por informações. Isso pode significar que algumas mulheres não têm ideia do que é normal e isso pode fazer com que elas ‘aturem’ problemas que são relativamente fáceis de tratar, como coceira ou secura vaginal”, diz a ginecologista.
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Eduard Morris, da Royal College of Obstetricians and Gynecologists finaliza: “Frequentemente, problemas na vagina, como secura, podem ser facilmente tratados. Com uma variedade de tratamentos disponíveis, não há motivo para as mulheres sofrerem em silêncio”.