Pode ser difícil de acreditar, mas uma mulher britânica nasceu com duas vaginas e ela não é a única. Nicci conta as dificuldades de viver com essa condição rara incluindo os períodos prolongados de menstruação e os vários abortos espontâneos que teve.
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A história dela é tão curiosa que se tornou um documentário da BBC3 e será exibido no final do mês de abril na rede britânica. Na produção, a mulher revela que o sexo a fez se sentir como uma “aberração da natureza”, isso porque depois das relações, os homens saiam se gabando e espalhando que haviam dormido com uma mulher de duas vaginas . As informações são do jornal britânico "Daily Mail".
Descobertas e desafios
A descoberta de que algo não estava normal no próprio corpo aconteceu aos 17 anos. “Soube que tinha alguma coisa errada quando eu era adolescente. Estava sangrando mais do que deveria e a dor era intolerável durante o período menstrual. Foi então que meu médico me disse que eu tinha dois úteros , duas vaginas e dois colos de útero”, conta Nicci.
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Houve momentos em que a britânica precisou usar fraldas de adulto, pois os absorventes não eram suficientes para controlar a menstruação . Ela chegou a fazer tratamento hormonal , mas além de ser ineficaz, piorou a situação, fazendo com que o período menstrual dela passasse a durar até quatro semanas.
Essa condição afetou severamente as relações pessoais de Nicci. Ela conta que teve muita dificuldade de fazer amigos, arrumar namorados e engravidar . Porém, a questão sentimental passou a mudar quando a britânica encontrou um amor verdadeiro, o atual companheiro Andy.
Agora, ela diz se sentir bem a confortável para falar sobre seu caso no documentário que será exibido na televisão.
Outros casos
O caso de Nicci pode ser raro, mas há outras mulheres que também sofrem do mesmo problema, como Claire Wright, de 34 anos, que também já foi notícia na imprensa internacional. Ela passou 26 anos sentido dores de estômago e sem um diagnóstico correto. Só depois desse período um médico conseguiu descobrir realmente o que tinha.
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A Organização Mundial de Saúde (OMC) estima que cerca de uma em cada três mil mulheres em todo o mundo são afetadas por essa condição, que ocorre quando o útero não se desenvolve corretamente. Isso significa que uma mulher pode, sim, nascer com uma combinação de dois úteros e, às vezes, com duas vaginas.