Os países Gabão, Jamaica e Sri Lanka lançaram um projeto US$ 14 milhões para eliminar o uso de mercúrio em produtos para clarear a pele. A iniciativa, que foi aprovada inicialmente em 2021, terá início nesse ano.
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O projeto visa reduzir os riscos que envolvem produtos de clareamento facial com adição de mercúrio, conscientizando as pessoas sobre os perigos inerentes à saúde humana do uso dos cremes de clareamento e estabelecendo regulamentações rigorosas para limitar a circulação dos mesmos.
O movimento é organizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), financiado pelo Global Environment Facility (GEF), e executado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Instituto de Pesquisa em Biodiversidade (BRI).
Produtos de clareamento inibem a produção de melanina e tentam embranquecer a pele. Esse procedimento é comum em diversas regiões do mundo: a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 4 entre 10 mulheres na África usam produtos para clarear a pele. Além disso, esses produtos prometem clarear manchas de idade, tratar a acne e desbotar sardas.
Muitos consumidores não sabem que os produtos que compram podem conter produtos químicos perigosos, como é o caso do mercúrio, que pode ter um grande impacto negativo na saúde humana e no meio ambiente se não for manuseada adequadamente.
A presença de mercúrio pode causar erupções cutâneas, descoloração, cicatrizes profundas, além de danos aos sistemas nervoso, digestivo e imunológico. Por mais que a Convenção de Minamata tenha estabelecido um limite de 1 mg/1 kg (1 ppm) de mercúrio para esses produtos, o Instituto Zero Mercury revelou que 10% dos cremes pesquisados continham mais do que o determinado.
No entanto, os consumidores muitas vezes não sabem que muitos desses produtos contêm substâncias químicas nocivas, incluindo mercúrio, uma substância tóxica que oferece riscos à saúde humana e contamina o meio ambiente.
Este projeto de três anos visa unir os países envolvidos, alinhando suas políticas de cosméticos para remover o mercúrio do setor. A união também busca mudar a percepção da sociedade sobre as problemátivas acerca do clareamento da pele com o envolvimento de organizações, profissionais de saúde e influenciadores da área.