A cada ano do triênio 2020-2022, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que ocorram 66.280 novos casos de câncer de mama no País. Apesar da maior probabilidade de a doença atingir mulheres acima dos 50 anos, um dado da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) chama a atenção: o aumento da incidência de câncer de mama entre mulheres mais jovens (antes dos 35 anos de idade).
De acordo com a entidade, nos últimos dois anos, a ocorrência da doença em mulheres com menos de 35 anos representou 5% do número total de casos. Historicamente, o câncer de mama era identificado em apenas 2% em mulheres abaixo dos 35 anos.
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A médica Maria Cristina Figueroa Magalhães explica que existem alguns fatores de risco que podem estar relacionados a esse aumento observado. “Eles têm relação com o estilo de vida das pessoas, como menor número de filhos ou pela opção de não gestar, gestação mais tardia (após os 30 anos de idade), o sedentarismo, a obesidade e uma alimentação inadequada associados à uma rotina estressante”, esclarece.
A especialista alerta ainda que os tumores mais agressivos são mais frequentes em pacientes mais jovens, justamente por estarem fora do grupo de rastreamento mais frequente, a partir de 40 anos. Ou seja, quando o câncer é diagnosticado, já está em estágio mais avançado, diferentemente daqueles identificados nas mulheres que mantêm uma rotina de exames de rastreamento.
Prevenção e tratamento
A prevenção do câncer de mama pode ser feita por meio da adoção de um estilo de vida mais saudável e realização periódica da mamografia. A recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia é que o exame seja feito anualmente para mulheres a partir dos 40 anos com risco habitual e a partir dos 25 - 30 anos para mulheres de alto risco.
Já o tratamento para a doença depende da fase em que ela se encontra, do tipo de tumor, da idade da paciente, entre outros fatores. Dentre as opções terapêuticas, o medicamento biológico trastuzumabe tem sido a base de tratamento nas chamadas terapias alvo, em combinação com a quimioterapia, nos casos de neoplasias com expressão da proteína HER2.
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“Os biomedicamentos têm demonstrado segurança e eficácia nos tratamentos de câncer de mama, inibindo a multiplicação das células tumorais e preservando os tecidos saudáveis. Além de ampliar o acesso aos tratamentos biológicos, os biossimilares apresentam perspectivas muito positivas para as pacientes”, esclarece Maria Cristina Figueroa Magalhães.