Durante a infância, a fisiculturista Rebeka Tunegova, de 22 anos, nascida em Londres, praticava esportes e atividades físicas. Diante disso, ela não precisava se preocupar em seguir uma dieta ou com a balança. Quando chegou à adolescência, algumas mudanças aconteceram e logo começou a engordar rapidamente. E isso virou um problema mais para frente.
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“Nunca fui uma criança magrinha porque amo comida, mas eu estava dentro do normal durante a maior parte desse período. Com as mudanças hormonais da puberdade, ganhei mais peso. Eu ainda era ativa, mas meus hábitos alimentares eram bem ruins”, conta a fisiculturista ao Daily Mail .
Aos 15 anos, a jovem pesava pouco mais de 63 kg. Nessa época, ela passou por momentos difíceis. Isso porque sua melhor amiga foi diagnosticada com câncer e seus pais estavam se divorciando. Para lidar com o turbilhão de sentimentos que estava sentindo, recorreu à academia, local que se tornou seu ponto de fuga.
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Com as atividades, Rebeka ficou obcecada e desejava estar cada dia mais magra. “Eu estava maluca e satisfeita em ver meus ossos. Fiquei alucinada com a perda de peso em tão pouco tempo enquanto passava fome”, conta. O emagrecimento foi intenso e ela chegou a pesar somente 38 kg.
O desejo de emagrecer levou a jovem a desenvolver anorexia. “Eu não queria aceitar e ter que permanecer hospitalizada por semanas. Os médicos diziam aos meus pais que eu deveria ficar lá e passar pelo processo de cura”, ressalta.
Rebeka mudou seu ponto de vista e se tornou fisiculturista
O fato de ficar internada por conta da anorexia abriu seus olhos. Foi nesse momento que ela percebeu que o distúrbio alimentar poderia impedi-la de alcançar seus objetivos de ir trabalhar no exterior e estudar mais. “A partir de então, mudei completamente o meu ponto de vista e a forma como vejo meu corpo”, diz.
Rebeka começou a aprender sobre nutrição, treinamentos e dietas – e assim encontrou sua paixão: o fisiculturismo. Em maio de 2018, a jovem se classificou para a competição internacional da UKBFF (United Kingdom Bodybuilding Fitness Federation). “Fiquei em segundo lugar na categoria júnior”, expõe.
A primeira competição aconteceu na Eslováquia, em 2014. “Não foi a melhor experiência porque eu não tinha músculo e nem conhecimento para ser competitiva. É importante perceber que a mudança não vai acontecer da noite para o dia. É preciso tempo e paciência”, afirma.
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Em seu perfil do Instagram, a fisiculturista compartilha detalhes de sua rotina com seus mais de 19 mil seguidores. “Não será fácil o tempo todo, mas os dias e as semanas difíceis irão valer a pena em longo prazo. Não deixe ninguém te desencorajar. Tudo é possível se você estiver disposto a trabalhar para isso e colocar o esforço necessário”, finaliza.