Profissionais da área da saúde não cansam de descobrir novos benefícios do exercício físico para o corpo. Desta vez, uma pesquisa apontou que malhar as pernas contribui para manter o cérebro , e o sistema nervoso como um todo, saudáveis.
Leia também: 7 dicas para não se sentir como uma 'barata tonta' no primeiro dia de academia

O estudo, publicado no periódico científico francês "Frontiers in Neuroscience", mostrou que os estímulos enviados pelos músculos das pernas para o cérebro são tão essenciais quanto os sinais que o cérebro manda para esses membros se movimentarem quando se trata da saúde neurológica. Isso porque, ao se mover, os membros inferiores estimulam o cérebro a produzir células saudáveis, necessárias para mandar sinais para as pernas se movimentarem adequadamente, e assim vai, num ciclo.
"Nosso trabalho apoia a noção de que pessoas que estão incapazes de realizar exercícios com peso - como pacientes acamados ou mesmo astronautas em viagens extensas -, não só perdem massa muscular, como têm sua química corporal alterada a nível celular e até o sistema nervoso é impactado", disse Raffaella Adami, uma das autoras do estudo, da Universidade de Milão.
O objetivo do artigo é auxiliar na investigação dos motivos por que pacientes com doenças neurológicas costumam piorar quando o movimento dos membros inferiores fica limitado ou é incapacitado por algum motivo.
Método de pesquisa
Leia também: Dieta sem carboidrato coloca seu cérebro em risco, entenda
Para desenvolver a pesquisa, os cientistas usaram camundongos, limitando o movimento de suas patas traseiras, apenas, por 28 dias, sem alterar a rotina do animal, nem lhe causar estresse.
Ao fim do teste, eles examinaram os animais e perceberam que a limitação do movimento diminuiu o número de célular-troncos neurais em 70%, se comparados a um grupo controle de camundongos que seguia caminhando normalmente.
Leia também: Cérebro feminino é mais ativo do que masculino durante o sexo, indica pesquisa
Os pesquisadores também notaram que os neurônios e uma célula específica, que sustenta e isola as células nervosas, chamada oligodendrócito, não amadureciam completamente devido à redução nor exercício, de forma que o uso das pernas , particularmente no que diz respeito à sustentação de peso, é essencial para estimular o cérebro a produzir células saudáveis.