Vire e mexe aparece uma nova dieta. Ou hoje o alimento que faz mal, amanhã pode ser o grande aliado do emagrecimento . Ora cortar calorias e é a melhor opção para perder peso, ora é preciso ficar de olho nas gorduras. Em meio a tanta informação, como escolher a melhor dieta? 

Leia também: Dicas para emagrecer - 12 alimentos que ajudam a perder peso

Escolher a melhor dieta para você vai muito além do que está na moda
shutterstock
Escolher a melhor dieta para você vai muito além do que está na moda


A resposta pode estar no teste genético . A ideia é colher um grande número de informações sobre o paciente para saber qual é a melhor dieta para ele, tanto para o objetivo que ele espera, seja emagrecer ou ganhar massa muscular, por exemplo, quanto de acordo com a condição física dele. "Com o teste podemos realizar um estudo para verificar questões alimentares, como alergias, regulação da saciedade e também fazer uma orientação relacionada ao esporte. De acordo com os fatores externos e ambientais, a pessoa pode silenciar sua predisposição genética ou potencializá-la” explica Sheila Pacheco, nutricionista da LifeSquare, pós-graduada em emagrecimento e doenças crônicas pela Unifesp.

Como é feito o teste genético?

Quem tem medo de agulha não precisa ficar assustado. O teste é indolor e, segundo as especialistas da LifeSquare, é feito com a saliva do paciente. "É colhido [com uma haste flexível adequada] material celular da parte interna da bocheca, no interior dos lábios superior e inferior, e por fim é esfregado na língua, a fim de coletar material em boa quantidade", detalham Sheila e Camila Homsi, mais uma nutricionista da clínica.

O único preparo para o exame é não comer, beber, fumar ou mastigar gomas de mascar por 60 minutos antes da coleta. O resultado fica pronto em torno de 15 dias úteis, e o teste só precisa ser feito uma vez, pois "nossa constituição genética é fixa (permanente). Mas a expressão de nossos genes são variáveis, ou seja, podem ser estimuladas ou silenciadas por meio das nossas escolhas alimentares e estilo de vida", detalham as nutricionistas. 

Dieta personalizada

Com esse exame é possível definir a dieta ideal porque ele faz uma mapeamento do indivíduo. "O objetivo do teste é identificar fatores genéticos que influenciam o risco do surgimento de doenças crônicas relacionadas à alimentação, como a obesidade, dislipidemia, intolerâncias nutricionais", listam as especialistas. Além disso, segundo Camila, com ele é possível detectar a probabilidade de desenvolver males como Alzheimer e outras doenças degenerativas. 

Com o teste é possível estabelecer a melhor maneira para entrar em forma
shutterstock
Com o teste é possível estabelecer a melhor maneira para entrar em forma


Tendo tantas informações fica mais fácil encontrar a melhor dieta para cada um. "Com informações sobre o perfil genético é possível otimizar o equilíbrio nutricional da dieta. E conhecer as tendências genéticas pode ajudá-lo a realizar mudanças positivas em seu cotidiano, promovendo assim, maior qualidade de vida", afirma a dupla. 

Com isso, é possível traçar um plano para o emagrecimento, ganho de massa muscular, fortalecimento muscular e até reduzir o risco de algumas doenças. Quando o assunto é perder peso, por exemplo, é muito comum pensar em seguir uma dieta low carb, que reduz os carboidratos do cardápio. Entretanto, há quem precise desse nutriente e não vai conseguir alcançar os resultados esperados e nem manter esse tipo de dieta. Ao fazer o teste, evita-se esse tipo de "erro", pois já será conhecida as necessidades daquela pessoa. 

Para chegar a isso, o teste genético avalia as seguintes variações genéticas associadas a diferentes condições relacionadas à alimentação e ao comportamento alimentar. São elas:

  1. Genes associados à obesidade
  2. Regulação do metabolismo lipídico
  3. Risco do desenvolvimento de Diabetes Mellitus 2
  4. Hipertensão arterial sistêmica
  5. Metabolismo do folato
  6. Metabolismo da vitamina D
  7. Intolerância à lactose
  8. Intolerância ao Glúten / Doença Celíaca
  9. Metabolismo da cafeína
  10. Modulação da resposta inflamatória, estresse oxidativo e desintoxicação.
  11. Metabolismo de vitaminas

Alguns desses nomes podem soar estranhos para muita gente, mas outros são bem comuns até em dietas da moda. Há não muito tempo os alimentos sem glúten e sem lactose viraram febre não apenas entre quem precisa, mas também para quem quer entrar em forma. Muitas pessoas, por exemplo, deixaram o glúten de lado com receio de reações do corpo como inchaço. Entretanto, se não há nenhuma alergia ou intolerância, não é preciso retirá-lo do cardápio. E fazer isso pode até trazer prejuízos para a saúde. 

Leia também: Cortar glúten e lactose é mais saudável e ajuda a emagrecer? Tire suas dúvidas

O teste dá respostas concretas ao profissional que está montando o plano alimentar. "Tendo conhecimento dessas informações, nós, nutricionistas, podemos aumentar, suplementar, restringir e distribuir nutrientes com muito mais assertividade para atingir o objetivo proposto. Além disso. passamos a acompanhar fatores de risco mais de perto e orientamos com ainda mais embasamento", defendem Sheila e Camila. 

Melhores exercícios

Você pode até gostar de correr, mas esse pode não ser o exercício ideal para seu corpo
shutterstock
Você pode até gostar de correr, mas esse pode não ser o exercício ideal para seu corpo

O teste genético ainda ajuda a montar um plano de atividades física ideal para sua composição corporal e aptidão física. Na primeira parte, de acordo com as nutricionistas, são analisados genes-chave associados com a regulação do peso corporal, acúmulo de tecido adiposo subcutâneo na região abdominal e preferências alimentares. Na questão da aptidão, é possível identificar a qual exercício o corpo responde melhor. 

Ao final, o teste serve como um embasamento para o profissional de educação física na hora de montar o treino para aquele aluno e indicar as melhores ativiades para ele. 

Leia também: Dieta para emagrecer rápido pode fazer você estocar gordura

Outros exames

Além do teste, as nutricionistas citam outros pontos, que variam de paciente para paciente, que são importantes de serem levantados antes de começar uma mudança no cardápio e na rotina a fim de encontrar a melhor dieta. São eles: 

  1. E studo e cálculo de macronutreintes (carboidratos, proteínas e gorduras) e micronutrientes (vitaminas e minerais) da rotina alimentar atual
  2. A valiação de alimentos antioxidantes e antiinflamatorios na alimentação
  3. A nálise da composição corporal (hidratação, massa magra, % de gordura, etc.) através da bioimpedancia
  4. E studo da rotina esportiva para adequação da rotina alimentar
  5. E xames de sangue, teste genético, (testes de intolerância/alergia alimentar), entre outros.

Com isso, é possível, por exemplo, entender como é a alimentação atual do paciente e, a partir daí, traçar a melhor dieta. E também, com tanta informação, o acompanhamento do profissional vai além de um simples cardápio com o que pode ou não comer. "O paciente é tratado de uma maneira holística, e não somente visando um objetivo", afirmam Sheila e Camila. 

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!