Há algumas sortudas que naturalmente não sentem nada de diferente no período que antecede a menstruação. Muitas, porém, sofrem. Dores de cabeça, cólicas, inchaço, dores nos seios e oscilações frequentes de humor são sintomas comuns da famosa TPM  (Tensão Pré-Menstrual). De acordo com a ginecologista Maria Elisa Noriler, porém, há uma forma mais acentuada do problema que pode se tornar um pesadelo para as mulheres

Quando muito intensos, sintomas da TPM podem sinalizar outro transtorno
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Quando muito intensos, sintomas da TPM podem sinalizar outro transtorno


O TDPM (Transtorno Disfórico Pré-Menstrual) atinge de 2% a 5% das mulheres em idade fértil e caracteriza-se por sintomas físicos e comportamentais que podem até prejudicar a rotina da mulher. Segundo a ginecologista, esta variação mais severa da TPM costuma aparecer de cinco a dez dias antes da menstruação e pode ou não permanecer durante o período menstrual.

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Sintomas

O TDPM traz problemas que vão além daquela tristeza e dos incômodos comuns da Tensão Pré-Menstrual . Quem sofre desse transtorno pode apresentar insônia, crises de choro, cólicas intensas e sintomas de compulsão alimentar, depressão, ataques de pânico e ansiedade extrema.

Causas e tratamento

Apesar de não se saber o que causa o TDPM , a ginecologista propõe uma teoria. “Estudos recentes têm apontado um elo entre os sintomas pré-menstruais e baixos níveis de serotonina, um neurotransmissor que atua no cérebro regulando o humor, o sono, o apetite, a sensibilidade, a dor e as funções intelectuais”, explica. Segundo ela, falta de atividades físicas e rotinas cada vez mais conturbadas podem afetar a produção desse hormônio.

Apesar de as bulas de pílulas anticoncepcionais trazerem informações sobre a possibilidade de as pacientes desenvolverem sintomas de depressão ao utilizar o medicamento, a médica detalha que eles não estão ligados ao TDPM. “Os anticoncepcionais até auxiliam nos transtornos de humor relacionados à oscilação hormonal ”, comenta. Segundo ela, a recomendação do remédio se refere ao fato de algumas pacientes não se adaptarem com o tipo de progesterona da pílula e precisarem trocá-la.

O diagnóstico do problema é complexo; Maria afirma ser necessário que a paciente faça uma avaliação médica completa, com exames físicos e avaliação psiquiátrica para que outros possíveis distúrbios possam ser descartados. Uma vez diagnosticado, o tratamento do TDPM pode incluir o uso de antidepressivos e anticoncepcionais.

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Além disso, a médica enfatiza que praticar atividades físicas aumentam os níveis de serotonina e manter uma alimentação rica em vitaminas e antioxidantes (presentes em castanhas, amêndoas, nozes, chocolate com alta concentração de cacau, abóbora, etc.) ajudam a combater o estresse gerado pela versão mais intensa da TPM.

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