Arroz quentinho, soltinho, saindo do fogo. Ele é quase item obrigatório no cardápio dos braisleiros, mas já foi apontado como o vilão das dietas, principalmente para quem quer perder peso. Mas saiba que algumas dicas e combinações nem o clássico arroz branco precisa sair de seu prato.
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"Todo arroz pode ser consumido. O equilíbrio e a ingestão de nutrientes é mais importante do que apenas o valor calórico", ressalta a nutricionista Ana Carolina Maravalhas.
Esse alimento é visto com maus olhos porque é um carboidrato e esse grupo de alimentos tem alto índice glicêmico. Se consumido de maneira inadequada ou em excesso, provoca picos de açúcar no sangue que contribui para o acúmulo de gordura, principalmente abdominal, e também faz com que logo sinta fome novamente. A chave é combinar os ingredientes de maneira correta no prato.
"O arroz branco deve ser associado em refeições que contenham bons níveis de proteína, gordura e fibras", sugere Ana Carolina. Salada, vegetais, fibras, leguminosas, boas fontes de gordura e proteínas vão ajudar a controlar o índice glicêmico, segundo a especialista da Urbano Alimentos. "Minha sugestão é cozinhar o arroz branco junto com a quinoa ou acrescentar sementes como gergelim, já aumenta o valor nutricional e ajuda a controlar o índice glicêmico, além de ficar saboroso", completa.
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Branco x integral
Sabemos, entretanto, que a versão branca é a mais pobre em nutrientes, que se perdem ao longo dos processos pelos quais passa o alimento até chegar ao consumidor final. Por isso, geralmente médicos e nutricionistas indicam a ingestão da versão integral.
"O arroz integral possui mais nutrientes e fibras, o que melhora a composição de uma dieta para quem está tentando emagrecer", diz Ana Carolina. "Mas nada de abusar das quantidades, em excesso, o arroz integral também engorda", alerta.
Outra opção para quem quer perder peso é a versão selvagem, também menos processada que a branca. "O selvagem tem um maior teor de proteínas, vitaminas e minerais, por isso favorece as dietas de emagrecimento. Além disso, contém mais fibra, o que favorece a digestão, aumenta a saciedade e consequentemente ajuda no emagrecimento", detalha.
Outros tipos
A lista com as variações de arroz é extensa. Veja mais exemplos e as propriedades de cada um:
Parboilizado: fonte de vitaminas e minerais, já que mantém película e no germe. O preparo dele é fácil e, geralmente, fica bem soltinho na panela.
Arbóreo: indicado para risotos. Não é muito calórico, mas cuidado ao preparar a receita para não exagerar nos cremes e queijos e levar a dieta por água a baixo.
Vermelho: contribui para a digestão por conter monocilina, substância que também atua na redução do colesterol e na saúde do coração.
Negro: contém substância antioxidantes que também ajudam a manter o coração saudável e na prevenção de doenças como câncer e diabetes.
Quando consumir?
Por ser uma fonte de energia, o alimento pode até virar um pré-treino . A nutricionista sugere um bolinho assado antes da academia, por exemplo.
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Segundo Ana Carolina, também é um mito dizer que carboidrato não deve ser consumido no jantar. "Os carboidratos, quando usados corretamente, ajudam na produção de serotonina que participa do metabolismo da melatonina, hormônio do sono, fundamental para uma boa qualidade de sono e também para o emagrecimento".
Opte por versões integrais e lembre-se da dica de pensar em uma refeição equilibrada. "O jantar deveria ser mais completo, acrescentando vegetais, salada e fontes protéicas. Muitas pessoas têm o hábito de fazer lanche (o famoso café com pão) no jantar, consumindo menos nutrientes e fibras e mais calorias, e isso é muito pior para o organismo", afirma a nutricionista.
A indicação é apostar na versão integral. Os carboidratos mais simples, como arroz ou pão branco, doces e pizza, devem ser evitados.