Contraceptivos no SUS: veja quais métodos estão disponíveis
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Contraceptivos no SUS: veja quais métodos estão disponíveis

No Brasil, o direito de decidir se terá ou não filhos ainda enfrenta barreiras significativas. Uma pesquisa realizada pela Bayer em parceria com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) revela que, em 2022, 62% das mulheres já tiveram ao menos uma gestação não planejada ao longo da vida.

O levantamento identificou que as principais dificuldades no uso de métodos contraceptivos estão relacionadas à não utilização (34%), falhas no método (27%) e uso inadequado (20%). Além disso, fatores econômicos interferem diretamente na escolha e no acesso a esses recursos.

Outro ponto crítico destacado pela pesquisa é a falta de informação. Cerca de 65% das entrevistadas afirmaram que, se tivessem recebido mais orientação sobre contraceptivos antes de engravidar, poderiam ter evitado a gestação.


Avanços no acesso a métodos contraceptivos

O acesso a contraceptivos no Brasil tem crescido gradualmente, tanto na rede pública quanto nos planos de saúde. Um exemplo recente é o Implanon, implante subdérmico liberador de etonogestrel, aprovado para uso no país desde 2001, mas incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) apenas em julho de 2025 . O Ministério da Saúde estima que 1,8 milhão de unidades serão distribuídas até 2026.

Em setembro deste ano, o implante passou a ser oferecido obrigatoriamente pelos planos de saúde para mulheres de 18 a 49 anos, mediante prescrição médica.

Métodos contraceptivos disponíveis

No SUS, os métodos incluem: Implanon, preservativos masculinos, DIU de cobre, anticoncepcionais orais combinados, pílulas de progestagênio, injetáveis mensais e trimestrais, laqueadura e vasectomia.

Nos planos de saúde, conforme a ANS, a cobertura obrigatória inclui Implanon, injetáveis, DIUs hormonais e não hormonais, laqueadura e vasectomia, sempre mediante solicitação médica.

Principais opções e suas características

Preservativos masculinos: oferecem barreira física e proteção contra infecções sexualmente transmissíveis. São baratos e de fácil acesso, mas eficácia depende do uso correto, com taxa de acerto de 98%.

Implanon: implante subdérmico com duração de até três anos, com eficácia de 99,95%, liberando hormônio que impede a ovulação.

DIUs: podem ser hormonais ou não hormonais, inseridos no útero por profissional de saúde, com duração de cinco a dez anos. O hormonal pode reduzir a menstruação, enquanto o não hormonal pode aumentá-la.

Pílulas anticoncepcionais: diárias, orais, podem ser combinadas ou só de progestagênio. Além de prevenir gravidez, auxiliam em distúrbios como ovários policísticos e endometriose. O uso irregular compromete a eficácia.

Laqueadura e vasectomia: procedimentos cirúrgicos definitivos, que bloqueiam o caminho do óvulo ou espermatozoide. Requer avaliação médica detalhada devido à sua irreversibilidade.

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