A polícia de Ilha Solteira (SP) segue investigando o crime de feminicídio contra a estudante trans Carmen de Oliveira Alves , de 26 anos, desaparecida desde 12 de junho, Dia dos Namorados .
Segundo a apuração do Portal iG, um dos suspeitos prestou novo depoimento nesta segunda-feira (18) e admitiu que a suposta morte da vítima ocorreu na residência dele, com a participação de uma outra pessoa. O corpo de Carmen ainda não foi localizado.
De acordo com o relato do suspeito, uma discussão entre ele e Carmen teria escalado. Durante o desentendimento, ela teria caído e batido a cabeça, ficando inconsciente. O suspeito, segundo disse à polícia, acionou esta outra pessoa, que teria usado uma barra de ferro para ferir a vítima e depois cortado seu pescoço. O corpo, de acordo com o depoimento, foi levado até um curral e, em seguida, escondido. O local exato não foi revelado.
A investigação também já solicitou exames de confronto genético à Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC) para confirmar se sangue encontrado em objetos ligados aos suspeitos pertence à vítima. Nos próximos dias, estão previstas reconstituições do crime e nova perícia no suposto local da morte . Os suspeitos foram presos em 10 de julho.
Carmen era estudante da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e foi vista pela última vez próximo a um ginásio da instituição, após realizar uma prova. No dia anterior ao desaparecimento, a jovem saiu de casa em uma bicicleta elétrica preta, que também não foi encontrada.
O caso segue sob investigação, com buscas para localizar o corpo da vítima e novas perícias planejadas para esclarecer todos os detalhes da morte.