A influenciadora Viih Tube tem utilizado as redes sociais para documentar sua jornada de recuperação pós-parto, incluindo a rotina de exercícios físicos. Em um vídeo recente, publicado no Instagram, ela apareceu malhando e brincou: "Vai embora, diástase do cão!". A frase descontraída chamou atenção para uma condição comum entre mulheres após a gravidez: a diástase abdominal, caracterizada pelo afastamento dos músculos do abdômen devido à distensão causada pela gestação.
O que é a diástase abdominal?
A diástase ocorre quando os músculos da parede abdominal se separam, podendo resultar em um aspecto de barriga saliente. Segundo Nélio Veiga Júnior, ginecologista e obstetra pela UNICAMP, essa condição não está necessariamente ligada ao ganho excessivo de peso, mas sim à distensão provocada pela gravidez. "Fatores como genética, idade, número de gestações e estrutura corporal também influenciam seu desenvolvimento", explica.
Além das alterações estéticas, a diástase pode causar desconfortos funcionais, como dores lombares e diminuição da força muscular. Heloise Manfrim, cirurgiã plástica e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, ressalta que, em casos graves, a condição pode prejudicar a estabilização da coluna, especialmente em pacientes sedentários.
Tratamento: exercícios ou cirurgia?
Enquanto Viih Tube optou por uma rotina intensa de exercícios para fortalecer a região, os especialistas destacam que o tratamento varia conforme a gravidade do caso. "Exercícios específicos e fisioterapia pélvica podem melhorar bastante, mas a correção definitiva só é alcançada com cirurgia em casos mais severos", afirma Nélio.
Heloise explica que, quando necessário, a abdominoplastia é a técnica mais eficaz. "Em casos leves, uma miniabdominoplastia pode resolver. Já em situações com maior flacidez, a abdominoplastia clássica é indicada, reposicionando os músculos e removendo o excesso de pele." Uma das técnicas modernas é a Abdominoplastia HD RAFT, que alia reconstrução muscular a um resultado mais definido.
Quando a cirurgia é recomendada?
De acordo com os médicos, a intervenção cirúrgica é indicada em casos de:
Diástase superior a 4-5 cm;
Presença de hérnias associadas;
Falha no tratamento conservador após 6 a 12 meses;
Comprometimento funcional significativo.
"A escolha de um cirurgião plástico qualificado é essencial para um resultado seguro e natural", reforça Heloise.