
Fernanda Machado revelou, nesta sexta-feira (4), que sofre com uma síndrome hormonal grave, o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual ( TDPM ). A ex-atriz da TV Globo foi diagnosticada com o problema há pouco mais de um ano .
Em um relato compartilhado nas redes sociais, ela explicou que a confirmação trouxe alívio por descobrir o que de fato acontecia. Agora, decidiu alertar e conscientizar outras mulheres a respeito do tema, ainda pouco difundido.
Fernanda também irá abordar a síndrome em seu novo livro, intitulado "
Tudo que não me contaram sobre a maternidade
". A atriz fez sucesso em " Tropa de Elite
", "
Paraíso Tropical
", "
Alma Gêmea
" e "
Amor à Vida
". Atualmente, ela mora nos Estados Unidos com o marido, Robert Riskin
, e as duas filhas do casal.
A TPDM
O Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM)
, também conhecida como disforia pré-menstrual
, é uma condição que afeta significativamente o humor e a qualidade de vida no período que antecede a menstruação.
Os sintomas mais comuns são tristeza, irritabilidade, ansiedade e tensão. Em outros casos, falta de disposição, sonolência, dificuldade de concentração também são comuns, assim como sinais físicos: dores de cabeça, cólicas, tontura e até taquicardia.
Os sinais são intensos a ponto de serem confundidos com os de uma depressão clínica. Ao iG Delas , a ginecologista Roberta Antonini , do Hospital do Servidor Público Estadual ( HSPE ), explicou a disforia pré-menstrual e as diferenças com demais condições.
A TDPM é reflexo da redução brusca dos hormônios estrogênio e progesterona, que, além de regular o ciclo menstrual, são fundamentais na estabilidade emocional das mulheres, resultando na série de sintomas.
A condição é comum: estima-se que cerca de 40% das mulheres em idade fértil apresentem os sintomas do TDPM. Entre 3% e 8% delas enfrentam a forma mais grave do distúrbio. Por isso, a conscientização é essencial.

Os sintomas da TDPM aparecem no período pré-menstrual, e desaparecem em até três dias após o início do ciclo menstrual. Já a depressão é caracterizada por sintomas persistentes, sem relação com o ciclo hormonal.
A especialista explica que um bom método para identificar o transtorno disfórico pré-menstrual é a realização de um diário. "Com apoio de especialista, a mulher pode entender melhor o que acontece no seu corpo e encontrar a melhor saída para o problema”, avalia.
O tratamento deve ser individualizado e acompanhado por um profissional de saúde. De maneira geral, há soluções mais comuns, como o uso de antidepressivos e mudanças no estilo de vida, como uma alimentação equilibrada, exercícios físicos e uma boa qualidade de sono.
Além disso, há a realização de terapia cognitiva comportamental (TCC), que também pode ser uma opção eficaz de tratamento por ajudar a modificar padrões de pensamento negativos.