
Durante uma conversa no Big Brother Brasil 25, a atriz Vitória Strada compartilhou com os colegas de confinamento que recebeu o diagnóstico de "tireoide desregulada". A revelação trouxe à tona discussões sobre os impactos das disfunções tireoidianas na saúde, já que a glândula é essencial para o equilíbrio do metabolismo e o funcionamento de órgãos vitais, como coração e cérebro.
A endocrinologista Deborah Beranger, explica ao IG que os distúrbios mais comuns da tireoide são o hipotireoidismo e o hipertireoidismo, geralmente associados a condições autoimunes. "A tireoide produz hormônios que regulam desde a temperatura corporal até o ritmo cardíaco e a disposição mental. Qualquer desequilíbrio pode gerar sintomas significativos", afirma.
No hipertireoidismo, há uma produção excessiva de hormônios, levando a sintomas como: perda de peso não intencional, taquicardia e palpitações, ansiedade e irritabilidade, intolerância ao calor, insônia e tremores.
Já o hipotireoidismo, mais frequente na população, ocorre quando a glândula não produz hormônios suficientes, causando: fadiga constante, ganho de peso inexplicável, pele seca e queda de cabelo, dores musculares e articulares, alterações de humor e depressão, constipação e aumento do colesterol, diagnóstico e Tratamento.
O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue que avaliam os níveis de TSH e T4 livre. "Valores elevados de TSH com T4 baixo indicam hipotireoidismo, enquanto TSH suprimido e T4 alto sugerem hipertireoidismo", esclarece Deborah. Em alguns casos, exames de imagem, como ultrassom, podem ser necessários para identificar nódulos ou inflamações.
Uma vez diagnosticado, o tratamento dependerá da condição e da gravidade de cada caso. “No hipertiroidismo, o tratamento pode envolver medicamentos para reduzir a produção excessiva de hormônios e, em casos graves, a remoção da tireoide, com realização posterior de reposição hormonal”, explica Deborah, que acrescenta que a reposição hormonal também é o tratamento recomendado nos casos de hipotiroidismo.
“E ao contrário do que é disseminado, a reposição hormonal, quando devidamente indicada, não causa câncer. Pelo contrário. Nos casos de disfunções da tireoide, o tratamento hormonal pode proteger contra diversas doenças e todos os sintomas desaparecem. Então, o mais importante é buscar um médico especialista para ter o acompanhamento adequado”, acrescenta.
A médica ressalta que, quando bem orientado, o tratamento não aumenta o risco de câncer e é essencial para evitar complicações como doenças cardiovasculares e infertilidade. "Muitos pacientes temem a reposição hormonal, mas ela é segura e devolve a qualidade de vida", completa. Ao perceber sintomas persistentes, é fundamental consultar um endocrinologista para avaliação individualizada. "O diagnóstico precoce evita danos a longo prazo e garante um controle eficaz", finaliza Deborah.