Omar al-Fayed
, filho de Mohamed al-Fayed
, falou sobre os crimes
dos quais o bilionário egípcio é acusado. Em entrevista ao Daily Mail, neste domingo (07), ele disse que o pai passou por cima das acusações formais de estupro por meio uma alegação de que "era mentalmente incapacitado".
A polícia britânica investiga que, no mínimo, 111 mulheres e meninas foram abusadas durante quase 40 anos pelo ex-dono da loja Harrods. Para Omar, as investigações deveriam ter "seguido seu curso quando ele ainda estava vivo".
"Se for descoberto que um general nazista estava escondido no Algarve nos últimos 50 anos, então é claro que ele deveria ser julgado Mohamed al-Fayed", comparou o fiho mais novo do egípcio.
De acordo com as investigações, al-Fayed utilizou o aparato da loja de departamento com o objetivo de esconder os abusos que cometeu contra as funcionárias. Em 2010. ele vendeu a empresa ao fundo Qatar Authory.
Como analisa a polícia, os crimes teriam ocorrido entre 1979 e 2013, ano em que ele chegou a ser preso após ser suspeito por estupro, no entanto ele não chegou a ser formalmente acusado. Na época, policiais o teriam acobertado e perseguido as vítimas que realizaram a denúncia contra ele.
Segundo a imprensa britância, nos anos de 2017 e 2018, a polícia teria recebido mais denúncias sobre Mohamed. Entretanto, por ele estar "velho demais", a investigação não foi para frente. Além disso, em 2016, um documentário do Channel 4 também abordou o caso: na obra, jovens foram ouvidas e falaram a respeito do assédio que sofreram pelo bilionário, mas a equipe dele barrou as alegações ao dizer que o egípcio estava "mentalmente incapacitado".
"É evidente que as investigações anteriores foram extensas e conduzidas por equipes especializadas que buscaram decisões de acusação em duas ocasiões. No entanto, sabemos que o contato e o suporte para algumas vítimas na época poderiam ter sido melhores. Somente após concluir esta revisão abrangente [dos casos] entenderemos completamente o que poderia ter sido feito de forma diferente", disse a Polícia Metropolitana ao falar sobre o trabalho que eles realizaram.