Cerca de quatro anos após fazer preenchimento com ácido hialurônico pela última vez, a britânica Alice Hart-Davis, de 59 anos, descobriu durante uma ressonância magnética ainda ter 35ml da substância na face. Normalmente, o produto é absorvido pelo organismo entre seis meses e um ano e meio.
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Outro susto foi a quantidade de ácido hialurônico encontrado, já que somando todos os procedimentos feitos por ela deveria haver 30ml da substância em seu rosto, e não 35. Em entrevista ao site britânico Daily Mail
, Alice revelou que faz preenchimento há 20 anos nas têmporas, bochechas, lábios, linhas entre nariz e boca, mandíbula, queixo, região abaixo dos olhos e nas pontas das sobrancelhas.
Segundo a médica e cirurgiã estética Luiza de Paulo Filho, o ideal seria fazer um estudo mais aprofundado sobre o caso ou então realizar outros exames. "A literatura fala de durabilidade do ácido hialurônico entre seis e 18 meses, mas o que vimos na prática são pacientes ainda com o produto por anos. Claro que ele vai se degradando e reduzindo com o tempo, mas ainda assim pode permanecer algum material residual pelo menos", diz.
"Existem relatos de pacientes que demoram mais para degradar algumas substâncias. Os seres humanos não são todos iguais, a medicina não é uma ciência exata. Mas 20 anos é um período de tempo muito longo, o ácido hialurônico e qualquer outro composto temporário são degradáveis e não simplesmente evaporam, então é necessário ter enzima para degradar o produto", explica o professor em Cirurgia Plástica na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) Eduardo Teixeira.
"Causa estranheza pensar que em 20 anos nada foi absorvido. Outro ponto a se comentar é que, naquela época, era muito comum na Europa usar outras substâncias, além do ácido hialurônico, para fazer preenchimentos e que poderiam ser confundidas com o produto, como silicione medicinal, ácido polilático, bioplástico, PSS 35, PMMA, entre outras. Essas são absorvidas em um tempo mais prolongado", completa Teixeira.
Os especialistas acreditam que seria necessário buscar mais informação científica e analisar as imagens radiológicas para entender o caso.