Pesquisa revela que 20% das mulheres sentem que não podem discordar de outras opiniões sem sofrer represálias nas empresas
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Pesquisa revela que 20% das mulheres sentem que não podem discordar de outras opiniões sem sofrer represálias nas empresas

Com 9,5 milhões de desempregados no país,  muitos brasileiros não podem se dar ao luxo de trabalhar com o que realmente gostam. Uma pesquisa realizada pelo Grupo Toluna a pedido do Instituto Mulheres do Varejo revela que 20% das mulheres sentem que não podem discordar de outras opiniões sem sofrer represálias dentro das empresas. Já entre os homens, esse índice é de 8%.

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O levantamento ainda mostra que apenas 13% dos entrevistados não trabalhariam em uma empresa com valores diferentes dos seus. "É um cenário bem triste, pois os brasileiros aceitam trabalhar onde encontram uma vaga, mesmo não gostando do local de trabalho", avalia a presidente do Instituto Mulheres do Varejo, Sandra Takata.

"As consequências são muitas, pois temos casos de depressão, burnouts e ansiedade ocorrendo no mundo corporativo", continua.

Além disso, 26% das mulheres disseram não se sentir bem no ambiente de trabalho, ante 17% dos homens. Eles também costumam trabalhar no mesmo lugar por mais tempo: 27% dos homens estão na mesma empresa há mais de 10 anos, contra 15% das mulheres.

As mulheres ainda trabalham por menos tempo, entre 1 e 5 anos. São 49%, ante 38% dos homens.

Longo caminho pela frente...

A pesquisa ainda aponta que 56% dos homens acreditam que ambos os gêneros têm as mesmas oportunidades. Entre as mulheres, esse índice é de 42%.

Entre as entrevistadas, 41% também concordam que o ambiente em que trabalham é um setor mais para o sexo masculino. Entre os homens, o índice é de 28%.

Ao todo, 69% das mulheres ainda acreditam que o sexo oposto ganha mais do que elas, contra 54% dos homens.

"Temos vários desafios pela frente, pois apesar do ESG estar em voga, o ponteiro ainda anda muito devagar. A conta não fecha. Nem empresas e nem empregados saem ganhando nessa equação e a situação é ainda pior paras as mulheres", afirma Sandra.

A pesquisa ouviu mil pessoas que trabalham com carteira assinada, na indústria ou no varejo, em outubro deste ano.

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