Fabiana Karla fez críticas sobre a gordofobia no
Reprodução/TV Globo 10.06.2022
Fabiana Karla fez críticas sobre a gordofobia no "É de Casa"

Fabiana Karla participou do "É de Casa" e falou um pouco sobre o Dia do Gordo, celebrado neste sábado (10), para falar sobre a exclusão da mulheres gordas em pautas essenciais da sociedade como o feminismo e o racismo. No discurso, ela esclareceu que sua obseidade é uma doença crônica.

"Aqui no Brasil, às vezes as pessoas esquecem que a obesidade também é mulher. As outras pautas, como racial e feminismo, esquecem que existem mulheres pretas gordas e o feminismo esquece que gordas também são mulheres. A gente fica no meio do caminho, no limbo. Eu gosto de falar que a questão maior é sobre ter acesso. A mulher gorda maior não pode ser bem atendida em um hospital porque não tem maca apropriada e ela precisa ir a uma baia de cavalos para fazer uma ressonância magnética. Isso é muito triste", comentou.

A atriz, que é uma ativista na causa, falou que os acessos precisam ser pleitados porque as pessoas gordas pagam impostos do mesmo jeito e precisam ser contempladas. Fabiana salientou ainda que o pior é que essas pessoas são desacreditadas.

"Você ri de pessoas com câncer? Então por que rir de quem é obeso? Black lives matter [vidas negras importam], mas fat lives don't matter [vidas gordas não importam]. Então você não pode fazer uma seleção. Dores são dores, então você não pode medir a dor de ninguém."

Ela comentou que mantém o mesmo peso há anos e não pretende mudar suas formas físicas porque se sente feliz assim. "Eu me sinto muito mais [feliz] e tenho mais a dizer assim. Não é algo pensada, mas vivida. A minha felicidade é estar assim. Minha militância é ser, existir, estar aqui hoje e ser protagonista de cinema", pontuou. 

Sobre gordofobia, Fabiana disse que nunca sofreu algum tipo de preconceito, mas não descarta que qualquer outra pessoa ao seu redor tenha passado por essa situação.

"A gente tem que lembrar o que aciona a tristeza de alguém. Imagina uma garota começando a vida, na escola, começando uma vida e começar a sofrer bullying."

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