Trabalhar por conta própria, algo muito comum, especialmente no período de pandemia, vem crescendo entre as mulheres pretas e pardas. Um estudo feito pela pesquisadora Janaína Feijó, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas mostrou comparativos à 2019.
Durante o terceiro trimestre de 2019, 674,6 mil mulheres pretas e pardas trabalhavam de forma autônoma com registro formal. Esse número subiu para 921 mil no mesmo período, em 2021. A alta é a maior da série iniciada em 2015, crescendo em 36,5%.
Uma matéria do Jornal Nacional exibida em dezembro mostrou que as mulheres foram a maioria das que perderam o emprego em 2020. Mesmo com o aumento, o grupo ainda é a menor parcela se comparado ao total de autônomos com registro formal, cerca de 6,2 milhões. Elas correspondem a 14,6%.
Já para as mulheres brancas, o crescimento foi de 28,6%. Homens pretos e pardos tiveram aumento de 25,9% e brancos 23,4%. O estudo de Feijó também mostra que o total de trabalhadores autônomos sem CNPJ é de mais de 19 milhões, sendo 3.645.357 pretas e pardas, e 2.772.395 brancas.