Apesar de não ser muito conhecida pelo grande público, Antonieta de Barros é uma mulher que entrou para história nacional. Professora e jornalista, foi a primeira mulher negra deputada no Brasil (em 1935), pelo estado de Santa Catarina. É de sua autoria o projeto que criou o Dia do Professor em seu estado natal (lei nº 145, de 12 de outubro de 1948), que mais tarde virou lei nacional, durante o governo do João Goulart (1961-1964).
Natural de Florianópolis, antonieta nasceu em 11 de junho de 1901. Para chegar até a Assembleia Legislativa, em 1934, a deputada r ompeu bairreiras raciais, de gênero e de classe. Em seu trabalho como jornalista priorizava questões ligadas à educação, preconceito racial e à condição feminina.
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Na década de 1934, na primeira eleição após a conquista do voto feminino, candidatou-se à Assembleia Legislativa catarinense, sendo eleita a primeira deputada estadual de SC e a primeira deputada negra do país.
A primeira deputada negra defendia o direito à educação para todas, chegando a fundar uma escola- o Curso Particular de Alfabetização Antonieta de Barros, com objetivo de combater o analfabetismo, dando aula para adultos e moradores em situação de vulnerabilidade na região. Além disso, ela escreveu dois capítulos da Constituição do estado catarinense sobre educação, cultura e funcionalismo- até ser destituída do cargo pelo golpe de Getúlio Vargas.
Antonieta faleceu por complicações de um quadro de diabetes, em 28 de março de 1952. Em homenagem a ela, foi criada a Medalha de Mérito Antonieta de Barros, que homenageia pessoas que criam trabalhos relevantes ou se destacam na defesa dos direitos das mulheres.