Em nova campanha publicitária, a Lacoste convidou os artistas Jão e João Guilherme, a modelo Pretta Mesmo e a empresária Helena Bordon. A marca promove o clássico em união com o moderno e com toques de brasilidade. Mas a campanha gerou críticas por parte de movimentos do funk e do rap, que exaltam a marca em letras de músicas.
Segundo artistas e ativistas de movimentos periféricos, a marca não respeitou os artistas que exaltam as marcas em letras de músicas. "A única marca que não toma conhecimento da grandeza dos artistas de favela, é a Lacoste. A Tommy patrocina o MC Hariel, a Adidas patrocina um monte de artista, a Nike também e por aí vai", disse o diretor de clipes Lucas Zetre, em publicação no Twitter.
Em entrevista para o UOL Economia, o diretor do Data Popular, Renato Meirelles, disse que marcas de grife não gostam de clientes mais pobres e diversas já buscaram orientações de como desvencilhar a imagem de artistas periféricos. “Boa parte das marcas tem vergonha de seus clientes mais pobres. São marcas que historicamente foram posicionadas para a elite e o consumidor que compra exclusividade pode não estar muito feliz com essa democratização do consumo”, diz Renato, sem citar quais marcas.
Diversas marcas de grife no funk e hip hop são citadas. Nomes como Nike, Adidas, Red Bull, Lacost, Red Label e Chandon são citadas nas letras de rappers e funkeiros, ganhando publicidade gratuita. Uma das críticas é chamar o ator João Guilherme, que é branco, para a propaganda.
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