Quanto maior o contato com áreas verdes, melhor a qualidade de vida
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Quanto maior o contato com áreas verdes, melhor a qualidade de vida

Criado no Japão em 1982, o banho de floresta foi usado como técnica terapêutica para incentivar a população a resgatar sua ligação com a natureza por meio de visitas relaxantes a parques nacionais e outras áreas verdes, visando promover a saúde pública. Num mundo cada vez mais urbanizado, com a as pessoas cada vez mais distantes da essência humana e com o crescimento da incidência de doenças físicas e mentais, o conceito vem ganhando cada vez mais relevância.

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A proximidade com a natureza tem um impacto positivo na saúde humana física e mental, como mostra a neurociência. A exposição a áreas verdes, ao ar limpo, a ambientes abertos, ao sol e a temperaturas menos abafadas contribui para a percepção dos mais variados estímulos sensoriais, como visual, auditivo e olfativo. Essa capacidade de receber informações sobre diferentes partes do corpo modula positivamente muitos aspectos fisiológicos, psicológicos e comportamentais que permeiam a atividade do sistema nervoso.

O contato com a natureza melhora a saúde física e mental
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O contato com a natureza melhora a saúde física e mental

A psiquiatra Julia Trindade destaca que dormir bem e ter contato com a natureza ajudam no equilíbrio mental. “A adoção de bons hábitos de vida, como uma dieta equilibrada e nutritiva, dormir bem e praticar exercícios físicos regulares, é fundamental para a boa saúde física. No entanto, manter essa rotina é essencial também para o equilíbrio mental. Ajuda na produção de inúmeras substâncias que têm papel essencial na sensação de prazer, ingredientes vitais para a prevenção de transtornos da mente. E mais, a busca de comportamentos psicológicos positivos promovem uma boa higiene da saúde mental, reduzindo o estresse e melhorando o bem-estar geral e no tratamento de doenças mentais”, explica a psiquiatra. A médica ainda reforça que o contato com a natureza é uma das práticas cada vez mais difundidas, com várias pesquisas corroborando a tendência.

Por isso a implantação de espaços verdes urbanos é cada vez mais importante. Mais da metade da população global vive em áreas urbanas e de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, aproximadamente 80% da população brasileira vive nos centros urbanos em áreas predominantemente construídas e com natureza escassa.

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O contato com a natureza é uma das premissas na idealização do Reserva Royal, empreendimento da Verde & Azul Urbanismo. Ao disponibilizar e preservar um maciço florestal de mais de um milhão de metros quadrados para ser integrado ao projeto urbanístico, os empreendedores querem manter a natureza completamente integrada.

A pesquisadora Lilian Catenacci, que desenvolve pesquisas na área de “Saúde Única (One Health)”, um conceito que trata da integração entre a saúde humana, a saúde animal e o ambiente. Adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o princípio se tornou vanguarda com a pandemia de Covid-19, cuja origem é associada ao desequilíbrio ambiental.

A floresta também protege a saúde dos humanos
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A floresta também protege a saúde dos humanos

“A floresta tem o poder de diluir a capacidade de um micro-organismo causador de doenças infecciosas chegar até nós. Ela faz isso porque quanto mais hospedeiros naturais para vírus há na mata, menor é a chance desses patógenos afetarem seres humanos.  O desequilíbrio ambiental afeta a nossa saúde muito mais do que se pensa”, explica.

Questionada sobre como a biodiversidade pode proteger o ser humano, ela é categórica: “ela é uma barreira natural entre o vírus e outros patógenos perigosos e os seres humanos. Quanto maior a biodiversidade, maior o controle. Pode haver mais vírus numa floresta, porém existem mais predadores e reservatórios de vírus. Eles são obstáculos para que um patógeno chegue até nós. Os ambientes naturais mantêm as pessoas saudáveis. Mas não apenas as florestas, os parques e praças das cidades, os jardins e os sistemas agroflorestais.  Todo fragmento importa para ajudar a ter menos doenças”.

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