Não é surpresa para ninguém que o óleo de coco se tornou o novo queridinho para tudo: desde tratamento para cabelos até perda de peso. Entretanto, especialistas vêm alertando sobre os problemas de relacionar o produto com uma forma saudável de emagrecer.
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Segundo nota divulgada pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), estudos indicam que, quando o óleo de coco é comparado a alguns óleos vegetais, ele aumenta o colesterol total, contribuindo para um maior risco cardiovascular. Além disso, segundo a associação, os estudos que já foram feitos indicando a eficácia do produto na perda de peso não são tão seguros.
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“Em um ensaio controlado, 40 mulheres, de 20 a 40 anos, foram instruídas a consumir diariamente 30 ml de óleo da fruta ou de soja (placebo) por 12 semanas. Os grupos também foram instruídos a caminhar por 50 minutos por dia e a seguir um padrão alimentar saudável, e ambos os grupos consumiram aproximadamente 10% menos calorias do que no início", diz a nota
"Apenas o grupo de óleo da fruta apresentou circunferência de cintura reduzida no final do estudo e uma tendência ao aumento de insulina circulante”, completa a nota. Apesar do resultado positivo encontrado, os autores não registraram as quantidades exatas de óleo consumido pelas mulheres.
Outros dois estudos apontam que o produto é efetivo na redução da circunferência da cintura quando ingerido por homens e ajuda a obter saciedade. O problema é que, em ambos os casos, foi acompanhado um número muito pequeno de pessoas.
A Abran afirma que não existem evidências suficientes sobre a eficácia do óleo e conclui a nota dizendo que o produto não deve ser prescrito na prevenção ou no tratamento da obesidade.
Outras instituições
Em 2015, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) já haviam divulgado uma nota contra o uso do óleo para a perda de peso.
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“Considerando que não há qualquer evidência nem mecanismo fisiológico de que o óleo de coco leve à perda de peso e que o uso pode ser prejudicial à saúde para os pacientes devido à sua elevada concentração de ácidos graxos saturados, como ácido láurico e mirístico, A SBEM e a Abeso posicionam-se frontalmente contra a utilização terapêutica com a finalidade de emagrecimento”, diz a nota. As instituições também alertam para o maior risco de doenças cardiovasculares quando o produto é usado regularmente na cozinha.