A frustração durante a maternidade é fruto de uma pressão exigida pela sociedade, segundo a jornalista
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A frustração durante a maternidade é fruto de uma pressão exigida pela sociedade, segundo a jornalista


Ser mãe não é uma tarefa nada fácil, ainda mais quando tentamos lidar com muitas tarefas durante os dias. Cuidar dos filhos exige muita responsabilidade, o que acaba tomando grande parte do tempo de mulheres que acabam esquecendo de cuidarem de si mesmas. A jornalista Laura Schwengber por meio da escrita , ajuda mães a praticarem o autocuidado durante o período da maternidade , através do livro “Cuide-se para cuidar”

“A maternidade veio na minha vida e me colocou de cabeça para baixo. Eu sempre tive o sonho de ser mãe e fazia de tudo por mim pelos meus filhos. Bastou o meu primeiro filho nascer que cai na realidade. Eu queria educar meu filho sem gritos e punições e ser uma mãe que desse conta de tudo. Coisas que eu não imaginava que faria com meus filhos, acabei fazendo e cada vez mais me sentia culpada. Então, eu me perdi de mim mesma, por conta dessa pressão que se põe no papel de mãe. Quando cheguei no fundo do poço, entendi a importância do autoconhecimento e do autocuidado comigo mesma. O livro “Cuide-se para cuidar” é minha dor como mãe superada que eu vejo em muitas mães e quero encorajá-las a sair dessa cobrança”, explica. 

Muitas dificuldades são enfrentadas durante a maternidade. Laura fala sobre como o autoconhecimento passa a ser importante para as cobranças exigidas como mãe. “A sociedade continua nos cobrando um nível de performance que nenhum ser humano consegue, e crescemos com essa imagem. A gente cresce achando que teremos um casamento incrível, com tempo para cuidar dos filhos, da casa e do corpo e achamos que o problema é nosso. Quando nós mulheres começamos a nos valorizar e ressignificar, a gente começa resolver metade de nossos problemas e nossa mentalidade passa a ser outra”. 

Na narrativa, a jornalista cita o termo “farmácia interna” e explica como isso ajuda no processo de aceitação e cuidado com a saúde mental. “A farmácia interna é como um remédio. Nós temos no nosso corpo uma maneira de equilibrar os estímulos recebidos, como quando tomamos um susto. Então, ela nos faz controlar nossos sentimentos. Um exemplo que cito no livro é a academia, que não só nos deixa musculosos e com um corpo mais saudável, e sim um remédio para a saúde mental. Isso acaba mudando a percepção dos problemas e nos deixando renovadas. O sorriso do gênio é outra forma de ativar a farmácia interna, que a partir de um sorriso, envia mensagens para o cérebro, dando uma sensação de bem-estar. Esta é uma forma consciente e intencional de ativar a farmácia interna. Infelizmente, a grande maioria das mulheres, por não saber dessa técnica, acaba sendo uma vítima de sua própria farmácia interna, ao invés de ser o maior beneficiário dela”. 

Para as mulheres que sofrem com problemas e angústias durante a maternidade, Laura destaca a busca por uma rede de apoio e o autoconhecimento feminino. “Não ache que você é única. Todas nós passamos por inúmeros desafios e isso nos deixa pressionadas. Se a maternidade está fácil, tem algo de errado aí. Procure um ambiente fortalecedor que possa te dar apoio, sendo uma amiga, vizinha, terapeuta, o que for. Muitas vezes a gente acha que devemos esconder o que sentimos e quando desabafamos, compartilhamos os mesmos problemas que cada um tem. Nosso coração tem altos e baixos, assim como a vida. Com um ambiente fortalecedor sem julgamentos e com acolhimento, isso torna tudo mais leve”, finaliza. 

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