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De acordo com a pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), publicada na revista inglesa Clinical Science, grávidas com Covid-19 correm mais risco de desenvolver pré-eclâmpsia, que é  um aumento perigoso na  da pressão arterial persistente durante a gestação.

A pesquisa aponta que a presença do novo coronavírus no organismo das gestantes é capaz de provocar alterações nos níveis de uma enzima que tem funções importantes para a circulação do sangue na placenta que também é receptora do vírus: a enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2, na sigla em inglês), causando Síndrome Hipertensiva da Gravidez ou Doença hipertensiva específica da gravidez. 

O obstetra  César Patez, explica que os principais sinais da pré-eclâmpsia são, entre outros, a pressão acima de 140x90 mmHg, presença de proteínas na urina, alterações nos rins e ainda gerar edema, afetando 8% das gestantes antes do novo coronavírus. 

“A pré-eclâmpsia, se não tratada precocemente, pode complicar, e muito, a gravidez, trazendo riscos para mãe e bebê. Na grávida, em especial pode causar hemorragia cerebral, insuficiência renal e cardíaca, e desprendimento prematuro da placenta do útero. A doença afeta em torno de 8% das gestações e é a causa de uma parte considerável de mortalidade materna e perinatal. Seus sintomas começam geralmente após 20 semanas de gestação em mulheres com pressão arterial normal, podendo causar complicações graves e fatais decorrentes de alteração placentária, como espasmos nos vasos sanguíneos e alterações na coagulação do sangue e diminuição da circulação”, afirma o médico. 

César Patez  ainda alerta sobre alguns dos riscos que a pré-eclâmpsia apresenta tanto à gestante quanto ao bebe, sendo importante o acompanhamento médico. 

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“Se não tratada precocemente, pode complicar, e muito, a gravidez, trazendo riscos para mãe e bebê. Na grávida, em especial pode causar hemorragia cerebral, insuficiência renal e cardíaca, e desprendimento prematuro da placenta do útero”, destaca César.

Além disso, o médico reafirma a importância do acompanhamento pré-natal  como forma de evitar possíveis doenças e de tratamento caso alguma apareça, garantindo a segurança de mãe e filho. 

“No pré-natal, recomenda-se a ultrassonografia morfológica com Doppler de primeiro trimestre, entre 11 e 14 semanas de gestação. Assim, temos como investigar possíveis riscos com antecedência e iniciar a aspirina precocemente. Uma boa alimentação saudável e controle do peso também ajudam bastante”, acrescenta”.

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