Outubro é o mês dedicado ao combate do câncer de mama. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, representando em torno de 29,7% de novos casos em 2019. A doença pode afetar muito a autoestima feminina, já que os tratamentos podem ter efeitos colaterais na aparência que, no limite, podem acabar repercutindo na relação da paciente com a própria sexualidade.

O câncer de mama é o câncer mais comum entre as mulheres
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O câncer de mama é o câncer mais comum entre as mulheres


 Conforme explica a psicóloga especialista em sexualidade da plataforma Sexo sem Dúvida, Gabriela Daltro,“Independentemente do tipo da cirurgia que é feita, as mulheres sentirão uma alteração na imagem corporal e muitas vão sentir uma perda de parte de si mesmas. Com isso, será necessário se reinventar no âmbito erótico que é tão importante para a sexualidade e a qualidade de vida”.


Ela acrescenta que muitas mulheres ainda perdem a libido, com a falta de lubrificação vaginal, e que muitas vezes, os desejos estão ausentes por conta de uma "castração química" decorrente dos tratamentos. Algumas pacientes ainda sentem dor na hora do sexo, enquanto o parceiro ou a parceira estão com vontade.  

“Por maior que haja a parceria e a maturidade, haverão dias mais difíceis. Por isso o diálogo, a paciência e a ajuda externa de profissionais são muito importantes”, aconselha.

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Achar o equilíbrio

Segundo a especialista, o parceiro ou parceira pode ajudar essa mulher a entender que o corpo passou por uma modificação e que juntos eles podem encontrar novas formas de ter prazer. “Precisam conhecer esse novo corpo, descobrir novas formas de fazer sexo e encontrar outros pontos eróticos”, enfatiza. 

Algumas dicas que podem ajudar nessa descoberta são: apreciar um toque nas mãos, na nuca, aumentar o tempo das preliminares e fazer uma massagem, por exemplo. Alternar toques mais firmes ou suaves, explorando outros caminhos no sexo. O corpo todo pode ser estimulado, ser erotizado, pois as possibilidades de prazer vão muito além dos seios. 

Para a sexóloga é uma oportunidade de se reconstruir em todos os sentidos. “Com o enfrentamento da doença, tratamento químico e o estresse, os hormônios da mulher podem levar o comprometimento da libido. Para enfrentar essa fase, além de se conectar consigo mesma é importante procurar um psicólogo especialista em sexualidade para auxiliar em qualquer dificuldade”, esclarece. 


É importante lembrar que uma das formas de prevenção do câncer de mama é o autoexame, que permite perceber alterações nas mamas.  O autoexame deve ser realizado uma vez por mês, na semana seguinte ao término da menstruação, as mulheres que não menstruam devem determinar um dia específico para repetir o autoexame todo o mês.

Em caso de alterações, mulheres devem procurar um mastologista (médico especialista em mamas). O autoexame não é um método diagnóstico e não substitui a visita ao mastologista. A mamografia é o único método de detecção precoce.  

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