Impressão 3D de tecidos humanos: saiba tudo sobre a tecnologia que está revolucionando a ciência
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Impressão 3D de tecidos humanos: saiba tudo sobre a tecnologia que está revolucionando a ciência

Desde os anos 80, a tecnologia de impressão 3D percorre um longo caminho, e atualmente, alcançou um patamar extraordinário: a capacidade de imprimir tecidos humanos. Testado em diversas partes do mundo por empresas líderes em cosméticos e farmacêutica, o dispositivo conhecido como human-on-a-chip ou body-on-a-chip (BoC) está agora ganhando destaque no Brasil.

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A técnica de impressão 3D, que recria tecidos de pele e do intestino, está sendo empregada para avaliar a toxicidade de produtos em desenvolvimento. A Natura, gigante dos cosméticos no país, já está utilizando essa tecnologia desde o primeiro semestre de 2023.

Mas como exatamente esses tecidos são produzidos?

A startup 3DBS, sediada em Campinas, é uma das empresas pioneiras dessa tecnologia no Brasil. Eles criam tecidos intestinais a partir de células adquiridas do Banco de Células do Rio de Janeiro, enquanto a pele é produzida utilizando células humanas isoladas de tecidos obtidos em cirurgias de fimose em crianças.

A tecnologia por trás desse processo é verdadeiramente fascinante. Utilizando bioimpressoras, estruturas tridimensionais são criadas camada por camada com células vivas, moléculas e materiais biocompatíveis. Ao invés do material plástico usualmente utilizado em impressoras 3D convencionais, uma mistura de células é despejada sobre uma placa transparente com divisões internas, seguindo as instruções de um computador que controla as dimensões e o formato do tecido a ser construído.

A tecnologia é usada em outros fins?

Mas as aplicações da impressão 3D não se limitam à reprodução de tecidos humanos. Ela também está sendo utilizada na fabricação de próteses médicas e dentárias personalizadas, peças automotivas e aeroespaciais complexas, moldes e bens de consumo customizados, entre outros. No futuro, é esperado que essa tecnologia elimine a necessidade de doadores de órgãos, diminuindo os riscos associados aos transplantes.


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