Muitas pessoas estão começando a reconsiderar o alto consumo de roupas e optando por um guarda-roupa mais consciente. A abordagem minimalista propõe vestir-se com estilo, sem excessos, por meio de uma seleção mais cuidadosa de peças, envolvendo a valorização da qualidade em vez da quantidade, promovendo um estilo de vida mais simplificado e sustentável.
Para se vestir de maneira consciente e criativa, Clara Alessandri, personal stylist em São Paulo cadastrada no GetNinjas, plataforma para contratação de serviços no Brasil, lista 6 dicas para quem quer ser mais sustentável na hora de montar looks . Confira!
1. Tenho ou não tenho o que vestir, eis a questão!
A principal dica para não achar que o armário está “vazio” é saber exatamente o look que valoriza seus pontos fortes. “O autoconhecimento é fundamental para saber exatamente como misturar cores, peças e acessórios. E isso só é possível investindo em si. Realizar uma consultoria de estilo e imagem é esclarecedor e define quais são suas cores ideais, melhores formatos de peças para seu tipo de corpo, melhores formatos de óculos de sol e de grau para o seu rosto, atendendo a cada necessidade, seja ela pessoal ou profissional”, diz Clara Alessandri.
2. Para viver bem, é importante ter limites
O armário-cápsula é um conceito relativamente novo que se usa na moda , o que significa manter um armário compacto, versátil e minimalista usufruindo das peças e calçados de forma mais consciente. A personal stylist reforça que simplificar é o ideal para montar todos os looks .
“Ao contrário do que acreditam, o armário-cápsula engloba peças de cima, como tops, blusas, camisas, camisetas, jaquetas e blazers, peças de baixo, que são calças, bermudas, shorts e saias, e peças inteiras, como vestidos e macacões e os calçados. Roupas de gala, pijamas, roupas de praia e ginástica não entram no conceito. Bolsas e acessórios também não, mas suas quantidades devem ser repensadas, pois dependem da personalidade e da definição do próprio estilo de maneira simplificada e objetiva”, afirma.
3. Opções democráticas e o custo-benefício
Ao aderir um estilo mais sustentável, a primeira coisa a se pensar é: “ter poucas, mas boas peças”! A especialista explica que comprar roupas de boa procedência não é um gasto excedente, mas, sim, um investimento a longo prazo.
“O fast fashion ocorre quando as peças são relativamente mais ‘acessíveis’ e têm menor qualidade. Já o slow fashion (conceito do armário-cápsula) busca peças melhores e que durem mais tempo no armário”, complementa.
4. As peças que agradam a gregos e troianos
É possível agradar todos os estilos com roupas “coringas” no armário. Entre as peças mais versáteis, estão:
- Camisa branca: é a peça de “todes”. Uma boa camisa/camiseta branca de qualidade é sempre uma peça coringa, que atende a pessoas de um estilo casual ou até um mais sofisticado.
- Calça jeans: rainha de todas, zero defeitos! É uma das peças mais democráticas e combina com qualquer pessoa. Existem inúmeros estilos, lavagens, cores e modelagens dela, além de estar entre as “queridinhas”, é sempre bem-vinda em diversas ocasiões.
5. Coloque cor no seu armário “quase” gótico
Certeza que seu guarda-roupa se sente em um clipe de rock dos anos 80. Colorir algumas peças do armário de forma estratégica pode formar ótimos looks que vão fazer você pensar no conceito minimalista. Mas, calma, o pretinho básico não deve ser exterminado, muito pelo contrário: a especialista explica que a intenção é deixá-lo “menos óbvio” e acertar nas sobreposições.
De acordo com Clara, existem 16 famílias cromáticas, e cada uma delas permite variar e respeitar suas particularidades com versatilidade. “Todos os estilos e vontades devem ser respeitados. Se for para indicar cores que vão com tudo e combinam com a maioria das ocasiões, indico o branco e todas as tonalidades de azul, desde o claro até o marinho. O preto é clássico e não deve ser deixado de fora em nenhum armário-cápsula”, conclui.
6. Afinal, qual a quantidade certa de roupas para cada indivíduo?
Existem algumas opiniões a respeito da quantidade de peças neste conceito. Porém, o ponto de vista da profissional, a quantidade ideal se resume a 45 peças, sendo:
- 20 peças de cima;
- 10 peças de baixo;
- 3 peças inteiras;
- 2 jaquetas ou blazers;
- 10 calçados.
Dica: roupas íntimas não entram nessa conta.
Por Bruna Zanin