Seja para revestir mobiliário, dar vida a almofadas, cortinas ou até paredes , o universo dos tecidos é bastante vasto. “Existem diversos tipos de tecido, cada um para uma necessidade. A escolha cuidadosa deve levar em conta o lifestyle da família, bem como o lugar em que o apartamento está inserido”, opina Ieda Korman, profissional à frente do escritório Korman Arquitetos .
Segundo Ieda, a lógica da escolha de um tecido pode, em alguns casos, se assemelhar a da escolha de uma roupa . “Se falamos de um lugar frio , os tecidos para a casa devem ser naturais e mais peludos, como a lã . Em casas de praia , um linho rústico funcionaria bem melhor”, explica.
A rotina da família também interfere diretamente nesse momento. “Uma casa com animais de estimação pede por tecidos que não puxem fios, que tenham tramas mais fechadas . Famílias com crianças, por outro lado, precisam daqueles mais fáceis de limpar, impermeabilizados “, indica.
Para facilitar, a arquiteta separou algumas dicas para as diversas aplicações de tecidos dentro de um lar.
Tecidos para móveis
Quando o assunto são sofás, poltronas ou cadeiras , existem diversos tecidos que passeiam pelos materiais naturais, mistos ou sintéticos. “Prefiro sempre as opções naturais, mais belos e com toque agradável. Agora, para quem preza pela praticidade, as opções mistas ou sintéticas são as melhores”, afirma.
Dentre os mais procurados estão o
- Jacquard: bastante resistente e com trama bem fechada;
- Couro natural ou sintético: ótimo para projetos mais clássicos ou rústicos;
- Veludo: ideal para quem busca elegância;
E ainda outros como Chenille, Suede, Linho e, claro, Algodão . “Para não errar, o mais simples é optar por tecidos lisos no sofá , que é a maior peça de uma sala, e deixar os estampados ou para almofadas, ou para uma poltrona de destaque”, indica a profissional do Korman Arquitetos.
Os tecidos lisos também devem ser escolhidos para que coordenam com os tons existentes nos estampados , garantindo assim uma harmonia na composição. “Além do cuidado com os tecidos em um mesmo ambiente, é importante prestar atenção em lares integrados. Assim, um apartamento que tenha sala e jantar conjugados, os tecidos devem seguir a mesma lógica”, explica Ieda Korman.
Tecidos para almofadas
Acessório indispensável, as almofadas possibilitam uma liberdade muito maior na escolha de tecidos. Para elas, é possível optar até mesmo pelas opções mais finas já que, ao contrário do mobiliário, elas não precisam ser muito encorpadas. “Por serem acessórios que facilmente podem ser trocados e recombinados, as almofadas são as melhores opções para ousar nas cores e estampas “, indica Ieda Korman.
Tecidos para área externa
Agora, quando falamos de mobiliários para área externa, é necessário ter um cuidado maior especialmente na questão da impermeabilização . “Os tecidos hoje em dia, principalmente quando importados, já vem impermeabilizados. Mas, se não for o caso, é necessário escolher bem aqueles que aceitam esse tipo de cuidado. A seda pura, por exemplo, não pode ser impermeabilizada e deve ser evitada em áreas externas”, afirma Ieda Korman.
Existe uma série de tecidos tecnológicos capazes de resistir bem ao sol e chuva, com fibras resistentes ao desbotamento. “Ainda assim, sempre que o mobiliário não estiver em uso, é bom deixá-lo encapado”, sinaliza a profissional.
Tecidos como revestimento de paredes
Por fim, os tecidos podem ser uma ótima opção para renovar completamente uma parede , de forma prática e rápida. “Eles são uma alternativa viável ao papel de parede , mas devem ser evitados em casas com pessoas alérgicas “, explica Ieda Korman.
Bastante versáteis e com uma infinidade de texturas e estampas, os tecidos podem ser aplicados em paredes de ambientes secos e arejados – como o living , hall de entrada ou até quartos . “Para isso, prefira sempre os tecidos de algodão, mais resistentes. Tecidos finos como a seda não são indicados, pois são frágeis e bastante caros”, diz.
Para a aplicação, Ieda Korman indica sempre a contratação de mão de obra especializada , especialmente quando se trata de um tecido estampado, que pede por mais cuidados para garantir a continuidade dos desenhos. “Sempre é necessário medir a parede que receberá o tecido, garantindo ao menos 10 cm a mais de sobra de tecido, em todos os lados”, explica. O cuidado com emendas também é essencial, por isso a arquiteta indica que a aplicação comece do centro das paredes para a ponta, garantindo que nenhuma costura fique muito evidente.