Decoração clássica: boiseries, molduras vitorianas e brises nunca saem de moda
DA REDAÇÃO
Decoração clássica: boiseries, molduras vitorianas e brises nunca saem de moda

A arquitetura é uma arte milenar que coleciona, através dos séculos, muitos recursos que expressaram soluções ou mesmo a visão daquele período.

Todo esse conhecimento é acumulativo e não necessariamente excludente ou datado, por isso muitos métodos clássicos podem ser usados até os dias de hoje, dentro de um contexto moderno e criativo.

Boiseries a molduras vitorianas: elementos clássicos que não saem de moda. Projeto de Ana Rozenblit. Na foto, quarto com lustre e boiseries na parede
Projeto de Ana Rozenblit. Kadu Lopes/Divulgação

Para a arquiteta Ana Rozenblit, responsável pelo escritório Spaço Interior , revisitar clássicos é uma importante ferramenta de trabalho: “Um clássico recebe esse status por ser algo que marcou a história e dificilmente será esquecido. Utilizar esses elementos entrega ao décor cenários disruptivos e irreverentes que são pura criatividade!”

Confira uma seleção de recursos que a profissional aplicou para deixar seus projetos ainda mais poderosos:

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Boiserie

Aparador de madeira encostado em parede com boiseries; bandeja de bar; quadro e arandela.
Projeto de Spaço Interior. Kadu Lopes/Casa.com.br

Muito popular na arquitetura desde o século XVII, a boiserie remete ao movimento artístico Rococó, quando as molduras nas paredes conquistaram os palácios franceses. Atualmente, são feitas com MDF , gesso ou poliuretano e diversificaram sua presença em diversos cômodos de um imóvel.

Boiseries a molduras vitorianas: elementos clássicos que não saem de moda. Projeto de Ana Rozenblit. Na foto, boiseries na parede cinza da sala
Projeto de Spaço Interior. Kadu Lopes/Divulgação

Elas também são ótimas escolhas para adornar os dormitórios, principalmente quando o décor mescla estilos romântico e clássico.

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“Sem dúvidas, é o ambiente onde os clientes mais solicitam a boiserie e não é para menos, pois ela entrega uma atmosfera onírica e elegante onde todos se sentem príncipes e princesas de suas próprias trajetórias”, analisa Ana.

Brise-soleil

Boiseries a molduras vitorianas: elementos clássicos que não saem de moda. Projeto de Ana Rozenblit. Na foto, Brise-soleil em sala de estar integrada
Projeto de Ana Rozenblit. Kadu Lopes/Divulgação

Entre as décadas de 1930 e 1940, durante o modernismo arquitetônico, o Brise-soleil (do francês, quebra-sol) ganhou duas versões: uma mais ampla para a construção civil, controlando a entrada do sol em prédios e edificações robustas, e outra para versões residenciais, com tamanho condizente com os projetos de interiores.

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Apê clean de 93 m² tem cuba farm sink, espelho giratório, brises e lambris. Projeto de Manoela Fleck. Na foto, cozinha clean, brises de madeira, azulejos brancos.
Projeto de Manoela Fleck. Raiana Medina/Casa.com.br

“Eu adoro trazê-lo por sua funcionalidade em varandas amplas ou ambientes integrados que podem contar com uma divisória vazada”, pontua a arquiteta que trabalha com o mecanismo para delimitar espaços e controlar a entrada de iluminação natural nas áreas sociais de um lar.

Toques vitorianos

Boiseries a molduras vitorianas: elementos clássicos que não saem de moda. Projeto de Ana Rozenblit. Na foto, moldura em espelho de banheiro
Projeto de Spaço Interior. Kadu Lopes/Divulgação

Milenares e protagonistas de grandes estudos nos campos da física e da filosofia, os espelhos foram inseridos no décor com o auxílio de molduras grossas e ornamentais, protegendo a peça no transporte e se destacando como centro na decoração.

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Hoje em dia é bastante comum que os espelhos inseridos nos projetos residenciais revelem guarnições minimalistas ou invisíveis, porém se engana quem pensa que a rebuscada referência barroca saiu de moda.

Eletrodomésticos retrô

Boiseries a molduras vitorianas: elementos clássicos que não saem de moda. Projeto de Ana Rozenblit. Na foto, espaço gourmet com frigobar vermelho
Projeto de Spaço Interior. Kadu Lopes/Divulgação

As décadas de 1950 e 1960 acompanharam uma verdadeira febre sobre os eletrodomésticos coloridos – uma tendência lançada nos Estados Unidos que conquistou o mundo e se estendeu para o Brasil até meados dos anos 80.

Sala de jantar; geladeira retro; estante rosa; mesa redonda com tampo branco; cadeiras verdes; luminária
Projeto de Carina Dal Fabbro. Rafael Renzo/Casa.com.br

“Eles nos trazem uma memória afetiva muito grande, uma vez que encontramos com alguns desses eletros na casa de nossos avós e antepassados”, reflete a profissional.

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