Vitiligo: conheça a doença que causa manchas brancas na pele
Reprodução: Alto Astral
Vitiligo: conheça a doença que causa manchas brancas na pele

Os dados do vitiligo são expressivos: a doença atinge cerca de 1 a 2% da população mundial e 0,5% da nacional, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Dessa forma, aproximadamente 1 milhão de pessoas apresentam a condição, segundo o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Embora os números sejam altos, as causas da patologia ainda são desconhecidas e ela não tem cura. "Já se sabe que fenômenos autoimunes e alterações emocionais, como estresse , são fatores que estão relacionados com a doença, podendo desencadeá-la ou agravá-la. Além disso, pessoas que possuem histórico de vitiligo na família têm mais chance de sofrer com a doença", explica a dermatologista Paola Pomerantzeff.

Para trazer visibilidade ao assunto, combater o preconceito com os portadores e relembrar a importância do tratamento, comemora-se, em 25 de junho, o Dia Mundial do Vitiligo. A data foi instituída em homenagem ao cantor Michael Jackson, que faleceu nesse mesmo dia, no ano de 2009.

O estadunidense, no entanto, não foi a única celebridade a apresentar as características manchas na pele. A atriz Luiza Brunet, a blogueira Sophia Alckimin, a cantora Tiê e o ator Jon Hamm, são alguns dos famosos que assumiram publicamente a doença.

Reprodução / Instagram @sophiaalckimin e @luizabrunetoficial

Paola pontua que o único sintoma da doença é o surgimento de manchas cutâneas acrômicas (sem pigmentação), ou seja, manchas brancas de tamanhos variados na pele. Elas se formam devido à diminuição ou ausência de melanina, pigmento produzido pelos melanócitos, nos locais afetados.

As alterações cutâneas podem ser motivo de vergonha para o portador, podendo afetar seu psicológico e suas relações sociais. "Mesmo sendo uma doença benigna e não contagiosa, as lesões provocadas pelo vitiligo geram um impacto significante na qualidade de vida e na autoestima do paciente", conta a especialista.

Os tipos de vitiligo

A dermatologista esclarece sobre as duas classificações da doença, as quais são identificadas apenas pelo diagnóstico médico:

Segmentar ou unilateral: costuma aparecer quando a pessoa ainda é jovem e em apenas uma parte do corpo, podendo afetar também a coloração dos pelos e cabelos.

Não segmentar ou bilateral: é o mais comum e se manifesta de forma generalizada, aparecendo primeiro em extremidades do corpo, como mãos e pés. O desenvolvimento acontece em ciclos de perda de cor ou estagnação crônicos, e devem tornar-se maiores com o tempo.

Tratamento

Apesar de não haver cura para essa condição, já existem opções terapêuticas capazes de trazer controle e melhora ao quadro, evitando o aumento das lesões e/ou repigmentando a pele.

Além do acompanhamento psicológico necessário para os casos, alguns procedimentos podem ser indicados: "A fototerapia com radiação UVB-nb é ideal para quase todas as formas de vitiligo, promovendo ótimos resultados. Podem ser utilizadas ainda outras tecnologias como a fototerapia PUVA, lasers, técnicas cirúrgicas e de transplante de melanócitos", exemplifica a especialista.

Sendo assim, é imprescindível a consulta clínica para diagnosticar qual é o tipo da patologia, acompanhar suas evoluções e indicar a tratativa mais adequada para o caso. "É imprescindível que você consulte um dermatologista ao perceber os sintomas da doença, pois apenas um profissional qualificado poderá indicar a melhor opção de acordo com as características de cada paciente", finaliza a dermatologista.

Fonte: Paola Pomerantzeff, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD); Saúde em Dia .

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