Confira os 10 erros mais comuns da amamentação
Reprodução: Alto Astral
Confira os 10 erros mais comuns da amamentação

A amamentação traz muitos benefícios para a relação entre a mãe e o recém-nascido. Porém, são tantas novidades e desafios que muitas mulheres ainda se sentem inseguras na hora de amamentar.

Além de ser um ato de amor e carinho, ajuda na recuperação pós-parto, no processo de emagrecimento, previne câncer de ovário e de mama e também osteoporose. A atividade também auxilia no desenvolvimento do bebê e o protege de diabetes , infecções respiratórias e alergias, entre outros benefícios.

A fim de sanar algumas dúvidas e auxiliar as mães nesta situação, conversamos com a ginecologista e obstetra dra. Carolina Curci, colaboradora da Lansinoh, que listou os 10 principais erros na amamentação. Anote as dicas e deixe a insegurança de lado.

1. Falta de autoconfiança

Muitas mamães têm medo do processo de amamentar e acreditam que não darão conta. A mulher precisa ter calma, confiança e tranquilidade para que seu momento com a criança seja especial. A mãe estará aprendendo a amamentar e o bebê estará aprendendo a mamar. Tenha autoconfiança para o seu momento de amamentação.

2. Alimentação incorreta

A lactante precisa ter uma alimentação correta e é recomendável fazer um acompanhamento nutricional. Neste momento, os alimentos mais indicados são: peixes de água fria, gema de ovo, frutas e legumes. Evite alimentos gordurosos, com chocolate e cafeína . A sua forma de se alimentar será muito importante na programação metabólica do bebê.

3. Retornar aos vícios

Com o estresse no pós-parto, algumas mamães retornam ao uso de álcool e nicotina, que são prejudiciais para o sistema nervoso central e desenvolvimento do bebê, já que ambos passam para o leite materno. Programe-se para esse momento e tenha a sua rede de apoio. Defina quem te ajudará com as roupas, limpeza da casa e idas ao supermercado, pois são tarefas que geram estresse e podem incentivar a volta dos péssimos hábitos.

4. Produção de leite

Não existe leite fraco. As mulheres são preparadas para produzir o leite desde a gestação. Após o parto, ocorrem as alterações hormonais necessárias e o reflexo da sucção correta mantém essa produção, que passará de colostro, no início da amamentação, para leite materno anterior, de transição e posterior, após 15 dias (amadurecimento).

A recomendação é que o recém-nascido fique somente no leite materno até seis meses de vida, sem chás, água e outros tipos de leite sem a correta orientação do pediatra. Caso a mamãe precise retornar ao trabalho, um dos facilitadores dessa fase costuma ser as bombas elétricas, que garantem a amamentação exclusiva do leite materno no tempo desejado.

5. Tentar amamentar com o recém-nascido sonolento

Amamentar com o bebê desperto será bem melhor, já que ele conseguirá abrir a boca e fazer a pega correta. Caso esteja sonolento, ele não mama direito e, assim, além da próxima mamada ser breve, ele poderá machucar os mamilos da mãe. A dica para a mamãe cansada, é evitar essa situação acendendo as luzes e tirando as roupinhas do bebê para que, assim, ele colabore com a amamentação.

6. Não se atentar à pega

O grande segredo da amamentação é a pega correta. Sim, acreditem! Quando os bebês pegam somente o mamilo, além de não extraírem bem o leite, eles podem provocar rachaduras no peito da mãe e, caso isso aconteça, elas podem utilizar a pomada de lanolina, que ajuda nos machucados. O certo é o bebê abocanhar a maior parte da aréola para ter uma melhor sucção e não ferir a mãe.

Observe se a cabeça e o corpo do bebê estão alinhados e apoiados, sempre com a cabeça voltada para a mama. Se a cabeça ficar torta, haverá incômodo na deglutição. A posição mais comum é o abdômen da mãe em contato com o do bebê (“barriga com barriga”). O bumbum dele fica apoiado na mão da mãe e a cabeça, na dobra do braço dela. O bebê se adapta naturalmente à pegada no seio. Faça somente um apoio e ele naturalmente se achega para abocanhar.

Para ficar mais confortável, coloque um travesseiro em cima das suas pernas, dando mais firmeza para apoiar o braço e deixar o bebê na posição correta de maneira mais natural.

7. Não se concentrar no momento da mamada

Como o tempo é curto, muitas mães aproveitam a hora da mamada para realizar outras tarefas como assistir à televisão, resolver pendências por telefone ou responder mensagens. Mas é muito importante aproveitar o período do aleitamento para conversar com o bebê e fortalecer o vínculo entre mãe e filho. Aliás, vale não só conversar, mas cantar e contar histórias também. Qualquer coisa para ajudar a mantê-lo acordadinho e manter um bom ritmo de sucção.

8. Prender-se ao tempo da mamada

O bebê não é um reloginho, ele funciona na hora que quer. Sendo assim, não fique olhando no relógio querendo seguir os conselhos de amigas e avós sobre a duração de cada mamada. O mais importante e melhor é zelar pela livre demanda, ou seja, o bebê dita o ritmo: mama o tempo que quiser e no intervalo que necessitar. O processo só termina quando ele solta espontaneamente o seio.

9. Amamentar com muita gente por perto

O ato de amamentar é um processo único que a mamãe terá de aprender dia após dia. Para algumas delas, estar com pessoas ao redor é ruim e para ter conforto e tranquilidade ela deseja estar só com o seu bebezinho, então, não se acanhe, peça licença para as visitas. Faça da amamentação o momento mais lindo entre você e seu bebê.

10. Alternar as mamas na mesma mamada

É melhor esvaziar completamente o primeiro seio para só então passar para o segundo. Muitas vezes, o esvaziamento total da mama exige duas ou três mamadas no mesmo peito. Quando as mães alternam os dois seios em cada mamada, acabam por produzir excesso de leite. Com a hiperprodução, o bebê pode ficar irritado e ganhar menos peso, pois não consegue chegar ao leite posterior que tem alta carga de gordura, capaz de gerar saciedade e prazer além de engordar o bebezinho.

Consultoria: dra. Carolina Curci, colaboradora da Lansinoh / Texto: Daniela Orlandi

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