Vivienne Westwood morreu. Seu nome evoca tanto. Ela era uma estilista renomada que, por meio de suas coleções originais, incorporou o espírito da Grã-Bretanha dos anos 1970.
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A estilista e ativista inglesa, conhecida como a criadora do punk na moda teve seu falecimento confirmado por sua família. Em seu perfil oficial, há a informação de que ela se foi pacificamente e cercada por sua família, em Clapham, no sul de Londres.
"Vivienne continuou a fazer as coisas que amava, até o último momento, projetando, trabalhando em sua arte, escrevendo seu livro e mudando o mundo para melhor. Ela levou uma vida incrível. Sua inovação e impacto nos últimos 60 anos foram imensos e continuarão no futuro."
Vivienne se considerava taoísta. Ela escreveu: “Sistema espiritual do Tao. Nunca houve tanta necessidade do Tao hoje. Tao lhe dá a sensação de que você pertence ao cosmos e dá propósito à sua vida; dá a você um senso de identidade e força saber que está vivendo a vida que pode viver e, portanto, deveria viver: faça pleno uso de seu caráter e de sua vida na terra.
Vivienne era alimentada por um ódio à corrupção e à injustiça global, que se desesperava com a passividade indolente da juventude. Para ela, a moda era mais do que belas roupas, mas uma arma.
Durante 5 décadas na indústria da moda, Vivienne foi protagonista de grandes momentos como criativa, designer e mais recentemente ativista. Sua imensa contribuição a rendeu respeito e admiração global, assim como o título de Dama.
Junto de Malcom McLaren, empresário do Sex Pistols e seu marido, Vivienne abriu e 1971 uma loja no bairro de Chelsea que recebeu vários nomes, sendo os mais conhecidos SEX e Seditionaries. A loja se tornou o templo do punk, fomentando o movimento.
Ela desfilou pela primeira vez no inverno de 1981, com uma coleção batizada de Pirates, mostrando referências históricas como a era vitoriana. Fazia referência à aristocracia, mas subvertia os códigos para fazer valer sua estética de contracultura.
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Sempre rebelde, em 1992 Vivienne subiu ao palco sem calcinha para receber uma condecoração da Ordem do Império Britânico por seus serviços pela indústria da moda.
Buscando traçar referências culturais entre Inglaterra e França, Westwood dá início à era Anglomania, durante a qual promoveu cenas inesquecíveis em seus desfiles, como as de Naomi Campbell caindo de um salto altíssimo e Kate Moss vestida de Maria Antonieta chupando um picolé.
Seus vestidos de noiva eram um acontecimento. O primeiro que fez foi o próprio, em 1962. Ela foi convidada para fazer o marcante combo véu e grinalda usado pela personagem Carrie Bradshaw no primeiro filme de Sex and the City, em 1992.
No Brasil, a estilista chegou a fazer collab com a Melissa, numa parceria que durou 10 anos e tornou acessível o design da estilista inglesa ao público brasileiro.
Muito antes de virar moda, Vivienne Westwood era engajada em causas sociais e ambientais, participando de protestos, alguns dos quais saiu algemada. Ela defendia melhores condições de trabalho e via e se tornou uma voz potente dentro da indústria em prol da causa climática.
Contrassenso ou não, Vivienne também era porta-voz do movimento por um consumo mais consciente e reduzido, apesar de vender suas peças a preços de outro pelo mundo.