Quem viveu a primeira década dos anos 2000
, viu a moda se transformar bastante, saindo das calças com cintura baixa e muita pele à mostra para, em 2010, encontrar um visual mais romântico. Há quem diga que Zooey Deschanel foi a responsável por fazer o twee se tornar uma febre mundial, quando estreou em "500 dias com ela" usando suas saias e vestidos rodados, cardigans vintagens, sapatos oxford, peças de tweed, tiara e presilhas de cabelo.
Com paletas de cores que lembram os filmes de Wes Anderson, equilibrando tons pasteis e terrosos com uma cor de destaque, foi possível ver alguns vislumbres dessa temáticas nas Semanas de Moda internacionais, e um destaque para os cabelos levemente altos, no desfile da Channel, com a estética dos anos 80.
Como surgiu o twee?
De acordo com Melody Erlea, esse estilo do jeito que se conhece é uma resposta ao movimento punk - considerado cru, agressivo e masculino. Assim, na Inglaterra, quem não gostava nem do som, nem do estilo, começou a buscar outras referências para criar coisas novas e este é o momento onde o som psicodélico e o uso de coisas vintages se torna uma base para o twee.
Ela acredita que dessa vez o estilo pode vir um tanto caricato, pois é o que acontece quando um ciclo de moda volta a cena. O TikTok, rede social da vez, já tem mais de 80 milhões de menções ao twee, trazendo pessoas com óculos de armação larga (seja de grau ou de sol), boinas francesas, chapéus coco, sapatilhas, cintura marcada.
Para o final do verão e começo de outono, é possível apostar em minivestidos evasês e estampas coloridas, em uma releitura meio pop art de motivos clássicos. A Dior também desfilou saias curtas e com corte em A, combinadas a terninhos, salopetes e vestidos tubinhos. Nas fast fashions, por sua vez, já vemos golas Peter Pan oversized e boinas francesas lotando as araras. O twee, desconstruído e isolado, já está por outro lado.