Bebê recusando comida: Nutricionista explica o que fazer e quando se preocupar
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Bebê recusando comida: Nutricionista explica o que fazer e quando se preocupar

Quem tem filhos compreende os desafios que cercam a introdução alimentar. Variar cardápio, oferecer todos os grupos alimentares, lidar com a recusa e a bagunça. No entanto, existe um comportamento comum que pode ser observado em bebês por volta dos 12 meses, que é a rejeição de alguns alimentos antes aceitos ou a redução na quantidade ingerida. Para a nutricionista materno infantil, Franciele Loss (@bebedenutri), isso se deve em grande parte pela mudança do motivador da alimentação, que é a curiosidade, a imitação e a fome. Ela explica ainda como driblar a situação para o bebê continuar se alimentando bem e a partir de qual momento a falta de apetite deve se tornar uma preocupação.

Certamente, existem alguns fatores externos que vão contribuir para essa redução de apetite, como doenças sazonais, dentes nascendo, e alterações no ambiente onde o bebê convive. No entanto, existem outros motivos que não são levados em consideração pelos pais de primeira viagem, que acabam esquecendo que isso é algo natural. “A velocidade de ganho de peso dos bebês reduz com um ano. Então é esperado que reduza também a necessidade energética, e com a necessidade energética menor, o apetite também diminui. É uma questão de auto regulação energética”, esclarece Franciele.  

O que fazer quando meu bebê recusar comida?

Antes de tudo, Franciele reforça que é esperada uma redução na quantidade de comida ingerida a partir dos 12 meses de vida. “A maioria das pessoas imagina que com o passar do tempo o bebê come mais, mas não é sempre assim. Em muitos casos, o bebê come menos porque o apetite acompanha a velocidade de crescimento, que desacelera se comparado ao primeiro ano de vida”.

Para reforçar e ativar a curiosidade, a especialista sugere variar a forma de preparo dos alimentos. Não se acomode com as mesmas preparações, mesmos cortes, mesmos temperos. “Se você oferece um frango desfiado, por exemplo, tente também oferecer ele na forma de hambúrguer caseiro, uma coxa de frango assada. Varie na forma de cozinhar e nos temperos. Todos os temperos naturais, de horta, são bem-vindos. Os legumes, não faça apenas no vapor, faça grelhado, assado, refogado. Essas diferentes formas de preparo e oferecimento, aumentam o interesse e curiosidade da criança”, orienta Franciele.

Outra dica da nutricionista é comer junto do bebê, sempre que possível. "A partir do primeiro ano, o bebê começa a observar mais ao seu redor e tende a imitar os mais velhos. Enquanto a curiosidade é o motivador mais presente nos primeiros meses de introdução alimentar, a imitação vem na sequência e que ela tem uma importância enorme. A criança precisa ver os pais ou os mais velhos com os quais ele convive comendo. Elas precisam de alguém para poder imitar”, menciona.  

Quando a redução de apetite deve ser uma preocupação?

Para a nutricionista, só deve ser uma preocupação caso o bebê passe a não querer comer nada, uma vez que a redução do apetite é normal. “É preciso identificar se ele não está comendo nada porque ele não tem espaço para ter fome. As vezes porque ele está recebendo bolachas, biscoitos e produtos ultraprocessados, o que é muito comum, ou está recebendo um excesso de leite de vaca ou de fórmula, que após o primeiro ano, devem ser limitados entre 500 e 600ml por dia, pois, mais do que isso, pode atrapalhar a aceitação de outros alimentos. É importante esclarecer que o leite materno não entra nessa conta”.  

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