Gio Ewbank é mãe de Titi, de 10 anos, Bless, de 8, e Zyan, de 3
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Gio Ewbank é mãe de Titi, de 10 anos, Bless, de 8, e Zyan, de 3

Novembro marca o retorno de Giovanna Ewbank à TV como atriz, na série "A Magia de Aruna", do Disney+. Giovanna será Juno, uma das bruxas que ajudarão a jovem Mima (Jamilly Mariano) a salvar o mundo contra a poderosa Bruma (Suzana Pires). Erika Januza e Cleo também fazem parte do elenco, como as bruxas Latifa e Cloe, respectivamente.

Ambientada em um Rio de Janeiro distópico e cinzento, a produção tem estreia prevista para esta quarta-feira (29). Serão seis episódios disponíveis no serviço de streaming. 

A convite da Disney, o iG Delas bateu um papo com Giovanna Ewbank sobre o papel em "A Magia de Aruna" e maternidade. A atriz e apresentadora é mãe de Titi, de 10 anos, Bless, de 8, e Zyan, de 3, todos do relacionamento com Bruno Gagliasso.

Confira a entrevista com a artista abaixo:

iG DELAS: A Magia de Aruna é protagonizado por uma menina negra, a Jamilly Mariano, e tem a Erika Januza como uma das estrelas principais, interpretando uma bruxa, assim como você. Na sua opinião, como a representatividade em produções infantis pode contribuir para a autoestima das crianças?

Giovanna Ewbank:  Na verdade, é um dos pilares importantes para a construção da autoestima da menina preta, da mulher preta, né? Porque antes elas não se viam, elas não conseguiam se enxergar em um lugar, elas não se viam na televisão, não se viam nas revistas, não se viam em diversos lugares, e hoje não é mais cabível isso de não existir esse espaço para essas meninas e mulheres pretas. 

Como você é uma pessoa famosa, eu imagino que muitas pessoas se inspiram em você, inclusive, como mãe. Como você vê essa responsabilidade de ser uma figura pública e mãe de duas crianças pretas para trazer luz aos debates sobre a importância da representatividade?

Tudo o que eu falo nas minhas redes sociais é muito pensado. 'Ai, vou pegar aqui e vou fazer um vídeo', não! Eu penso, eu estudo, eu leio, principalmente, quando é relacionado à representatividade, né? Existem certas coisas que não sou eu que tenho que falar e ter o protagonismo. Eu tomo muito cuidado com tudo o que eu falo nas minhas redes, seja sobre representatividade, seja sobre educação, seja sobre maternidade, seja sobre casamento, tudo. E, assim, eu só falo quando, de fato, eu tenho propriedade do que eu estou falando, eu tenho vivência, porque eu sei que isso impacta muitas vidas.

Por último, tem alguma lição que você aprendeu em um filme ou desenho que hoje você tenta passar para os seus filhos? Pode ser sobre autoestima, sobre empatia, às vezes, sobre bullying…

Tem quatro curtas da Disney que a gente assiste aqui em casa repetidamente:

  • Tem o 'Flutuar', que fala da relação de um pai com uma criança autista e, assim, de uma maneira muito lúdica. E no final, você vê que, só quando o pai aceita o que o menino é, eles conseguem ser felizes. Porque o pai fica tentando enquadrar o menino na sociedade, mas não, ele é do jeito que ele é. É muito bonito. São coisas que me impactam e que eu quero que os meus filhos assistam também.
  • Tem 'Bao', que a mãe tem um filhinho e, na verdade, esse filhinho é representado por uma comida, um bolinho. Aí você vê que o marido dessa mulher nunca está em casa, está sempre trabalhando, e a mãe acaba criando uma relação de tanta intimidade e amor com esse filho, que ela acaba sufocando ele, não quer que o filho saia de casa, não quer que ele cresça. E aí no final, o bolinho, que é o filho, está indo embora com a namorada, e a mãe pega o bolinho e engole. E eu acho muito linda essa história, eu choro toda vez que eu vejo, porque a mãe quer sempre proteger, quer sempre que os filhos não passem por sufoco. 
  • Tem um do passarinho também, 'Piper', que a mãe vai dando coragem para o passarinho, até que o passarinho cria coragem para fazer as coisas sozinho.
  • Tem um outro também, 'Lou', que é de um menino supermaldoso, e aí no final você vê que ele é maldoso e pega os brinquedos das crianças porque ele tinha vários traumas também, porque faziam isso com ele.

A criança, conforme ela assiste e entende, isso vai ficando na mente dela. É muito importante também que os pais entendam o que as crianças estão assistindo, né? Porque é perigoso as crianças assistirem algo que as influencie de alguma coisa.

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** Gabrielle Gonçalves é repórter do iG Delas, editoria de Moda e Comportamento do Portal iG. Anteriormente, foi estagiária do Brasil Econômico, editoria de Economia. É jornalista em formação pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).

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