"Só hoje já perdi as contas de quantas vezes precisei respirar fundo e contar até 10. Educar uma criança não é fácil e com a chegada do mais novo é mais desafiador ainda! Todo dia preciso me lembrar que eu sou a adulta da relação e que o cérebro maduro é o meu (talvez kkk) e que bom que tenho um parceiro pra enfrentar comigo essa missão difícil que é a da educação! Quando eu perco a paciência, ele assume! Quando ele já não sabe mais o que fazer, eu assumo! E assim vamos levando, com a certeza que estamos dando o nosso melhor", escreveu Tata Estaniecki em seu Instagram, ao comentar as dificuldades de educar as crianças, especialmente agora que tem um bebê e uma filha pequena.
Vanessa Gebrim, que é psicóloga e especialista em Psicologia Clínica pela PUC de SP, diz que a chegada de um novo bebê é sempre um momento de mudanças e de um turbilhão de sentimentos para o filho mais velho. Insegurança, ciúmes e sensação de abandono são os mais comuns.
"Afinal, não é fácil dividir, de uma hora para a outra, a atenção e os cuidados que eram apenas seus. O primogênito pode apresentar estágios de regressão, como parar de falar, fazer xixi na cama e voltar a usar mamadeira e chupeta. É importante que esse comportamento não seja visto com manha ou birra, pois não se trata de teimosia, mas de uma confusão afetiva da criança em relação ao seu lugar na família com a chegada do novo membro. Nesse momento, é necessário que os pais sejam compreensivos e tenham paciência", recomenda.
Quais alternativas os pais podem buscar para solucionar situações como as citadas por Tata? "Alternativas como envolvê-los nas atividades com o bebê, reservar um pouco de tempo para o filho mais velho, fazer com que eles se sintam igualmente amados, dialogar com o mais velho fazendo ele entender que não vai ser trocado ou abandonado", sugere a terapeuta.
Uma maneira bastante eficaz de estreitar os laços entre as crianças é convidar o filho mais velho a participar das atividades como ajudar na hora do banho, ler histórias, cantar canções, mas nada de exageros para que a criança não sinta que isso é uma obrigação dele. "E também não fazer comparações, nunca utilizar de agressões, tendo muita paciência se a criança estiver com ciúmes. Se estiver muito difícil procure uma ajuda psicológica", finaliza Vanessa.
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