Está repercutindo uma "discussão" entre a influencer Virginia Fonseca e seu esposo Zé Felipe. No vídeo, o cantor afirma que gostaria que Maria Flor e Maria Alice estudasse em casa. Sem hesitar, Virginia diz que não gosta da ideia. Afinal, ela quer que suas filhas aprendam a se socializar com outras crianças, bem como dividir os brinquedos.
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A especialista em Neurociência Comportamental Infantil, Telma Abrahão, defende que a criança, até os três anos, está numa fase de criação de vínculo e construção do apego. "Essa construção é criada com o cuidador primário, que pode ser a mãe ou o pai, na grande maioria das vezes acaba sendo a mãe, por amamentar e normalmente estar presenta da vida da criança desde o início."
Durante essa fase, explica a especialista, a criança precisa muito mais da presença dos pais do que socializar com outras pessoas, tudo que importa para ela é a mamãe e o papai, por conta disso, ela não tem a necessidade de ir para a escola para socializar.
"Aos três anos, ela já vai estar na fase em que desfralda, começa a comer sozinha, falar e se comunicar melhor. É uma idade em que começa a ter interesse em socializar com outras pessoas, portanto, é bem mais propícia para começar a frequentar a escola. Isso favorece o relacionamento com professores e amigos, além do aprendizado."
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Para Telma, algumas famílias não tem condições de ficar com os filhos até essa idade em casa e tudo bem, no entanto, é importante que os pais entendam a necessidade da criança de ter a presença física e emocional dos cuidadores primários, principalmente, nessa fase da vida em que o cérebro está em desenvolvimento e o número de sinapses que a criança faz são muito altas, é um período de muito aprendizado e uma base importante para o desenvolvimento humano. Uma fase onde os pais são como neuroarquitetos do cérebro dos filhos e a qualidade da relação entre eles no início da vida, vai impactar o futuro da saúde emocional, mental e física do futuro adulto.