Você conhece todos os benefícios da amamentação para os bebês?

Defendida pela Organização Mundial da Saúde, a amamentação pode ajudar a prevenir alergias e ajuda a melhorar a respiração da criança

A OMS recomenda que a amamentação deva ser feita por pelo menos, os dois primeiros anos de vida do bebê
Foto: Reprodução: Alto Astral
A OMS recomenda que a amamentação deva ser feita por pelo menos, os dois primeiros anos de vida do bebê

Extremamente defendida e recomendada pela Organização Mundial da Saúde, OMS, a amamentação oferece diversos benefícios à criança, entre eles é a prevenção da aparição de alergias no recém-nascido e até mesmo ajuda a desenvolver uma melhor a respiração da criança.  É o que explica a odontopediatra Vivian Farfel. 

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“A amamentação remonta a milhares de anos, como em outras espécies de mamíferos, por um bom motivo, ela é programada para a sobrevivência de nossa espécie com vantagens definitivas em todas as fases da vida. Além de estabelecimento de vínculo de confiança, reafirmação e conforto e maior contato com a mãe e melhorar a digestão, minimizar as cólicas, reduzir o risco de doenças alérgicas, prevenir contra doenças contagiosas, colaborar com a nutrição e  proteção imunológica. Os bebês amamentados trabalham 60 vezes mais no peito do que na mamadeira. Esta musculação ajudará a expandir o tamanho do palato, abrir as vias aéreas, oxigenar o sangue, apoiar o crescimento do cérebro do bebê e ajudar a prevenir a apneia obstrutiva do sono”, destaca a profissional da saúde. 

Segundo a recomendação da OMS, a amamentação deve ser feita por pelo menos os dois primeiros anos de vida da criança, sendo a forma exclusiva de alimentação nos primeiros 54 dias de vida do bebê. Entretanto, por diversos motivos, seja por uma caraga horária de trabalho excessiva, ou até mesmo de um constrangimento social, milhares de mães acabam por fazer o desmame precoce. 

“Muitos fatores são considerados como determinantes do desmame precoce, que vão desde falta de apoio no entorno da mãe, como a  família, sociedade e indústria, que exercem uma pressão para barrar este processo. Como a vergonha de amamentar em lugares públicos, o retorno ao mercado de trabalho após 3 meses, a introdução de fórmulas infantis ou  até mesmo uma dificuldade do bebê, causada por um freio na língua ou no lábio, sendo muitas vezes mal diagnosticado ou até mesmo ignorado pelos profissionais da saúde”, destaca Farfel.

Sintomas do freio no bebê: 

  • Sons de clique
  • Engolir ar (aerofagia)
  • Refluxo ou cólica
  • Fadiga ao comer
  • Cuspir após comer, perda de peso
  • Engasgo, estalando o peito para respirar
  • Bolhas nos lábios e calosidades
  • Incapaz de segurar uma chupeta
  • Leite escorrendo pelos cantos da boca
  • Língua em forma de coração

Quais são os efeitos do desmame precoce? 

A odontopediatra aponta que os efeitos negativos do desmame precoce podem afetar a longo prazo da vida da criança. Podendo, até mesmo, influenciar na formação dos músculos da face do bebê e também deixando essa criança a ser mais propensa a distúrbios comportamentais, como problemas de sono ou TDAH.

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“O desmame precoce pode levar à ruptura de um desenvolvimento oral adequado, provocando alterações na postura e força dos músculos, prejudicando as funções de mastigação, deglutição, respiração, sono e articulação da fala. Está muito claro que as nossas faces estão encolhendo e a dieta pastosa introduzida no desmame também não ajuda. Bebês deveriam ser autorizados a mamar pelo tempo que quiserem, o normal seria entre 9 meses a 3 anos”,  defende Vivian. 

Além desses efeitos negativos, ela também aponta que, crianças que fizeram o desmame precoce e foram introduzidas a mamadeiras, também ficam mais propensos a terem uma respiração oral e desenvolverem um queixo mais retraído, maxilares estreitos e dentes tortos. 

“O leite materno é o alimento completo, necessário e suficiente para o bebê até o sexto mês de vida. Para tornar essa opção viável, a licença-maternidade está passando de 4 para 6 meses, através do projeto que passou pelo Senado e aguarda aprovação pela Câmara para ser sancionada como lei. Essa é orientação que foi proposta na Organização Mundial de Saúde e foi adotada pela Sociedade Brasileira de Pediatria, pela Sociedade de Pediatria de São Paulo”, conclui a odontopediatra.