Apesar de não ser muito conhecida a fimose feminina também existe. Ela ocorre em cerca de 3% das crianças do sexo femino. Segundo a pediatra Loretta Campos, o problema, que recebe o nome de sinéquia vaginal, é caracterizado pela aderência dos pequenos lábios da vagina, ou seja, eles se fecham. De acordo com a médica, isso pode acontecer em meninas de três meses a 10 anos de idade. Geralmente, o problema é consequência da falta de estrógeno ou má higiene na região. 

A fimose vaginal pode ser consequência da falta de estrógeno e má higienização da região
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A fimose vaginal pode ser consequência da falta de estrógeno e má higienização da região

“Entre os três meses de vida até o início da puberdade da menina há uma baixa de estrógeno que, associada a fatores irritantes na vagina, pode facilitar a aderência nos pequenos lábios”, explica. Loretta diz que a irritação da região pode ser causada pela falta de higiene, demora para trocar fraldas ou até uso de lenço umedecido, que, por ter química na composição, irritar a pele. 

“Normalmente, o quadro é assintomático. Os pais identificam o problema na hora de higienizar a criança ou o pediatra detecta a sinéquia em um exame minucioso no consultório”, diz. Para identificar a sinéquia logo no início e evitar complicações, é importante se atentar a alguns fatores. 

Segundo Loretta, a criança pode apresentar um quadro de dermatite e inflamação no local. O bebê pode ficar mais irritado na hora de trocar as fraldas e uma criança mais velha pode se queixar de ardência na hora de fazer xixi. Também pode ocorrer coceira ou incômodo ao higienizar. Pode, ainda, haver uma perda de urina na calcinha logo após urinar. “A urina pode ficar retida no local e gotejar”, explica. 

Ao identificar qualquer alteração como essas é importante recorrer ao pediatra. Caso contrário, o quadro vai piorando e os pequenos lábios podem se fechar totalmente, o que vai exigir uma cirurgia. “Quando a sinéquia é detectada, orientamos para a família uma boa higienização e cremes que tenham estrógeno para passar na região e diminuir a aderência”, diz. 

Loretta também fala que as chances do problema acontecer novamente é grande. “É importante manter uma higiene intensa no local para não acontecer de novo. Também ajuda usar lubrificante local, como o óleo de girassol ou a vaselina, para a aderência não voltar”. 

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