O consumo de adoçantes por crianças sempre foi algo questionado e contraindicado. No entanto, na última semana, a Academia Americana de Pediatria defendeu que crianças com mais de dois anos de idade podem consumir edulcorantes não calóricos (ENC), ou seja, adoçantes não calóricos.

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Academia Americana de Pediatria libera o consumo de adoçantes não calóricos para crianças a partir dos 2 anos
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Academia Americana de Pediatria libera o consumo de adoçantes não calóricos para crianças a partir dos 2 anos

O tema foi debatido por especialistas internacionais no LIX Congresso Internacional da Sociedade Mexicana de Nutrição e Endocrinologia. Para Fernando Lavalle, endocrinologista e especialista em diabetes da Universidade Autónoma de Nuevo León e membro da Sociedade Mexicana de Nutrição e Endocrinologia, estudos indicam que os ENC não afetam os níveis de insulina ou glicose.

“Segundo documentos oficiais de órgãos internacionais, os adoçantes são aditivos alimentares seguros e aprovados para consumo", afirma. Ele ainda garante que esse tipo de adoçante não aumenta o apetite nem o gosto pelo doce.

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A Academia Americana de Pediatria ainda sugere que crianças com doenças como obesidade e diabetes podem se beneficiar com o uso dos adoçantes não calóricos , substituindo o açúcar na alimentação.

Apesar desses posicionamentos, alguns médicos afirmam que é preciso cautela. Para Brian M. Cavagnari, pediatra e doutor em ciências biológicas pela Universidade de Buenos Aires, há um grande desconhecimento sobre os riscos dos aditivos alimentares.

"É um erro falar em geral sobre os edulcorantes não calóricos como um todo, porque são feitas análises toxicológicas a cada um deles para observar sua absorção, metabolismo e eliminação do corpo”, pontua o especialista.

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Para ele, é preciso analisar caso a caso. “Há várias limitações nos estudos pós-comercialização: 83% das pesquisas foram realizadas apenas em bebidas com edulcorantes, sem muitos dados empíricos que considerem outros tipos de produtos. Além disso, existem poucas informações sobre as tendências atuais de consumo e a maioria dos estudos não discrimina o tipo de adoçante utilizado”, finaliza.

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