Lindsey Shaw deu à luz Emily em 2014. No entanto, isso não teria acontecido se o resultado de um exame de ultrassom fosse outro. Em entrevista ao “The Gazette” , a mãe afirma que teria interrompido a gestação se soubesse que a garota nasceria com uma síndrome rara, a Síndrome de Aicardi .
“Eu teria interrompido minha gravidez, mas não porque ela tem uma deficiência, não porque eu não a amo, mas porque eu sabia que ela iria sofrer diariamente e não teria qualidade de vida”, explica a mãe.
Segundo Lindsey, ela fez um ultrassom na 21ª semana de gestação para identificar má formação, mas os médicos erraram o diagnóstico. Por isso, na segunda-feira (22), a britânica processou o sistema público de saúde da Inglaterra.
Os médicos do Hospital James Cook prestaram esclarecimentos à Suprema Corte de Londres , afirmando que, realmente, o ultrassom não mostrou alterações, no entanto, outros testes foram feitos e confirmaram que Emily teria Síndrome de Aicardi.
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A britânica justifica o processo dizendo que precisa do dinheiro da indenização para arcar com os custos altos que os cuidados com a filha exigem. Afinal, a criança não fala, não anda e é praticamente cega. “Ela não consegue se sentar e não tem força corporal. Nós tentamos mantê-la o mais saudável possível, mas ela tem muitas infecções pulmonares”, diz.
Por conta de tantas restrições, a família precisa levar a pequena a muitas consultas médicas, o que exige tirar Emily de casa o tempo todo. Segundo Lindsey, isso faz com que a filha tenha muitas convulsões.
O advogado de Lindsey, Wayne Walker, completa a fala da mãe dizendo que a paciente deve ser informada sobre as alterações do desenvolvimento da criança para tomar a decisão sobre a continuidade da gestação a partir das informações que tem.
Síndrome de Aicardi
Emily tem a Síndrome de Aicardi , uma condição genética caracterizada pela ausência parcial ou total do corpo caloso – estrutura que liga os dois lados do cérebro. A síndrome é rara e afeta cerca de 4 mil pessoas em todo o mundo.